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PT defende Evo: não aos golpes de Estado!

Pela soberania do povo boliviano!
publicado 10/11/2019
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(Crédito: Presidência da Bolívia)

Nota da Comissão Executiva Nacional do PT sobre a decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de convocar novas eleições (leia os detalhes ao final da nota):

O Partido dos Trabalhadores (PT) acompanha com preocupação as manifestações e a tentativa das forças de direita de afastar, por meios violentos, o Presidente, Evo Morales Ayma, de sua posição de chefe de governo legitimamente eleito e cujo mandato constitucional segue em vigência.

O resultado do primeiro turno da recente eleição presidencial foi questionado pelo segundo colocado nesta disputa, o candidato Carlos Mesa, o que levou as autoridades eleitorais bolivianas a promoverem uma auditoria nos votos com supervisão da OEA.

No entanto, os questionadores do resultado eleitoral substituíram esta possibilidade pela reivindicação da renúncia do Presidente Evo. Aliás, atualmente este movimento sequer é dirigido pelo segundo colocado e sim por forças da extrema direita que, a exemplo de outras situações na América Latina, almejam promover um golpe de Estado na Bolívia.

O primeiro passo foi não reconhecer o resultado eleitoral, independentemente de haver auditoria ou não, e o segundo será a tentativa da direita de assaltar o poder para retornar o neoliberalismo a este país que, no entanto, tem exibido um dos melhores desempenhos econômicos na América Latina, com importantes políticas de inclusão e justiça social.

Repudiamos com veemência a atitude antidemocrática e violenta da direita, a ingerência externa e a omissão de parcelas das forças policiais em proteger as autoridades e o patrimônio público e cumprir seu papel para assegurar sua integridade física, bem como a das organizações sociais e da população que reivindica o respeito à normalidade democrática.

Apoiamos a decisão do Presidente Evo de convocar novas eleições no intuito de pacificar o país e dirimir qualquer dúvida quanto à vontade popular na escolha de suas autoridades. Desejamos que o diálogo, a paz e o respeito à Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia prevaleçam.

Não aos golpes de Estado!

Pela soberania do povo boliviano!

Comissão Executiva Nacional do PT

***

Leia a reportagem do Conversa Afiada sobre o tema:

Diante das sucessivas ameaças de golpe por parte da direita, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo 10/XI a realização de novas eleições no país.

"Decidi convocar novas eleições nacionais que, mediante o voto, permitam ao povo boliviano eleger democraticamente suas novas autoridades, incorporando novos atores políticos", declarou Evo Morales em pronunciamento à nação transmitido pela TV Unitel.

"À imprensa e ao povo da Bolívia, depois desta decisão que tomamos quero pedir [que] reduzam toda a tensão. Todos [nós] temos a obrigação de pacificar a Bolívia", pediu o presidente.

Antes, auditores da Organização dos Estados Americanos (OEA) não aceitaram a legitimidade do pleito que deu a vitória a Evo em 20/X, afirmando que havia "uma clara manipulação" do sistema de transmissão de resultados.

Em comunicado assinado por seu secretário-geral, Luis Almargo, a OEA sustentou que:

"Reiteramos nossa disposição de cooperar na busca de soluções democráticas para o país, razão pela qual, em virtude da gravidade das denúncias e análises do processo eleitoral que a equipe de auditores nos enviou, cabe-nos afirmar que o primeiro turno das eleições de 20 de outubro deve ser anulado, e o processo eleitoral deve ser realizado novamente, assim que houver novas condições que deem garantias para sua celebração, incluindo um novo órgão eleitoral". 

Nos últimos dias, o governo bolivariano denunciou que havia um golpe em marcha contra o presidente Evo Morales. O Ministério de Relações Exteriores comunicou que “os últimos acontecimentos põem em evidência a implementação de um plano de golpe de estado provocado por grupos cívicos radicais”.

Antes de decidir por convocar novas eleições, o presidente disse que a casa de sua irmã, na cidade de Oruro, foi incendiada. O mesmo aconteceu com as casas dos governadores dessa região e também em Chuquisaca.

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