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Moraes: via WhatsApp, grupos promoveram lavagem cerebral nas eleições!

A fofoca de quarteirão virou fake news em massa!
publicado 05/10/2019
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Créditos: Beto (Twitter/@bcartuns)

Ontem (sexta-feira 4/X) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes criticou a indústria dos boatos de internet, em um evento sobre Direito e Informática em São Paulo.

Moraes, de início, cutucou o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), o Carluxo, filho 02 do presidente Jair Messias: "'democracia atrapalha a rapidez da solução dos problemas'... Ouvimos recentemente. A crítica começou a ser exacerbada", disse o ministro, em referência a uma declaração do Carluxo no Twitter no último dia 10/IX.

Durante a palestra, o ministro falou sobre a utilização de algoritmos para segmentação de público nas redes sociais - e como essas técnicas, adotadas inicialmente pela publicidade, passaram a ser utilizadas por grupos interessados em ataques políticos.

Moraes citou, também, a falta de legislação específica para conter boatos na internet:

"O que que antes era fofoca de quarteirão passou a ser fake news em grupo com três milhões de seguidores. Os instrumentos e freios e contrapesos não estavam e não estão preparados para isto", disse o ministro.

Ele continuou:

"O que se tentava [antes] fazer individualmente ou em grupos pequenos hoje é passível de se fazer em massa, obtendo dados [pessoais] e bombardeando as pessoas. É lavagem cerebral para o consumo, eleições e ataques às instituições".

É pouco provável, entretanto, que Alexandre de Moraes estivesse atacando especificamente as fake news que elegeram - e dão sustentação - a Jair Bolsonaro.

O ministro é um dos defensores do inquérito sobre as fake news contra membros do STF.

Em 15/IV deste ano, Moraes determinou que um blog de direita retirasse do ar uma matéria contra o ministro Dias Toffoli. O próprio Moraes revogou a decisão três dias depois.

Em tempo: representantes do WhatsApp - e de outras redes sociais - serão convocados para prestar esclarecimentos à CPI das fake news, comissão de inquérito do Congresso Nacional que investiga a divulgação de notícias falsas pela internet.

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