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Merkel dá aula a Bolsonaro de como se portar na crise

Que falta nos faz um líder
publicado 23/03/2020
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Reprodução: revista Fórum

No Globo - Há quase 15 anos no poder e a menos de dois de cumprir a promessa de abandonar o cargo após as eleições previstas para 2021, a chanceler Angela Merkel confirmou a sua imagem de “mutti” (mamãe) dos alemães ao administrar a terceira grande crise do seu governo, a pandemia do novo coronavírus. A chanceler tem angariado elogios e apoio, tanto pela seriedade e honestidade com que tem enfrentado a pandemia, quanto por seu próprio exemplo pessoal: ontem, a chanceler, de 65 anos, entrou em quarentena de 15 dias, depois de ter contato com um médico cujo teste deu positivo.

O maior desafio do país desde a Segunda Guerra Mundial — mais de 18 mil contaminados e a perspectiva de que o número chegue a dez milhões até o final de abril — revelou também como os alemães preferem o estilo científico de governar da chanceler, que ouve especialistas antes de tomar decisões. Para eles, isso é mais eficiente para resolver as crises do que o foco ideológico.

Isto ficou claro ontem, quando a própria chanceler anunciou entrar em isolamento, e que trabalhará de casa. A chanceler foi “informada de que o médico que havia lhe aplicado uma vacina contra infecções pneumocócicas na tarde de sexta-feira deu positivo”, informou seu porta-voz, Steffen Seibert. A chanceler “vai se submeter a um teste nos próximos dias” para descobrir se está infectada, disse Seibert.

Pouco antes de seu isolamento ser anunciado, Merkel apresentou novas medidas para conter a pandemia de coronavírus no país. A chefe de governo anunciou, por exemplo, que as reuniões de mais de duas pessoas estão proibidas, bem como o fechamento de todos os restaurantes.

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