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Vaza Jato confirma projeto político de Dallagnol!

Ele queria ser senador em 2018 e pode tentar em 2022!
publicado 03/09/2019
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Novo capítulo da Vaza Jato divulgado nesta terça-feira 3 pelo Intercept confirma o projeto político da Operação Lava Jato.

Diálogos inéditos revelam que o procurador-chefe da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, queria ser candidato ao Senado em 2018.

Ele teria desistido da candidatura no ano passado, mas não descartou a possibilidade de tentar se eleger em 2022.

"Seria facilmente eleito”, disse Dallagnol em mensagem enviada para ele mesmo.

(Sim, Dallagnol mantinha um chat com ele próprio).

“Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, disse em outra mensagem.

Nessas reflexões para si mesmo, Dallagnol se via dividido entre três opções:

- a primeira era se candidatar ao Senado, porque ele julgava que seria "facilmente eleito" e via "circunstâncias apontando possivelmente nessa direção". Ponderou, depois, que "muitas pessoas farão uma leitura retrospectiva com uma interpretação de que a atuação desde sempre foi política";

- a segunda opção era prosseguir na carreira no Ministério Público Federal (MPF). "Lutar pela renovação enquanto procurador: mantém a credibilidade, mas perde a intensidade que seria necessária", disse Dallagnol.

- já a terceira alternativa considerada por ele em janeiro de 2018 era deixar a carreira de procurador sem embarcar na política partidária. "Lutar pela renovação enquanto cidadão, pedindo exoneração: esta seria a solução ideal pela perspectiva da credibilidade (não seria político, mas ativista) e de intensidade (“Não vote em Fulano). Perderia um pouco de credibilidade e visibilidade, por deixar a posição pública de coordenador da operação. Não teria riscos de corregedoria. Poderia me dedicar integralmente às 10+", refletiu.

O procurador também deu a entender que tratou da candidatura com o jurista Joaquim Falcão, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, ex-presidente da Fundação Roberto Marinho e membro da Academia Brasileira de Letras.

Quando o plano de Dallagnol se candidatar foi discutido com outros procuradores, ficou claro que a Lava Jato via determinados políticos como seus adversários.

"Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiao ou Gleise caem", escreveu  o procurador Vladimir Aras a Dallagnol em dezembro de 2016.

Em resposta, Dallagnol frisou que via a necessidade de o Ministério Público Federal "lançar um candidato por estado".

Aras, então, sugere outros dois nomes: o do então juiz (sic) Sergio Moro e o do então procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. "Vc e Moro. Ou Carlos", disse.

Leia a íntegra da reportagem no Intercept.

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