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Novo partido de Bolsonaro só tem 3,2% das assinaturas necessárias

Aliança pelo Brasil conta com apoio de 44 eleitores que já morreram...
publicado 12/07/2020
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Original: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Quem ainda se lembra da "Aliança pelo Brasil"?

O partido da família Bolsonaro, lançado no final de novembro de 2019, após a guerra civil dentro do PSL, prometia ser o grande instrumento dos conservadores brasileiros.

Não deu certo.

Em fevereiro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só havia validado 2,9 mil assinaturas das 492 mil necessárias para o registro do partido.

Em março, não mudou muita coisa: poucos mais de 8 mil assinaturas - 1,6% do total necessário.

Já à época, representantes da nova sigla afirmavam que, muito provavelmente, o partido não conseguiria o registro a tempo de participar das eleições municipais de 2020.

Nos meses seguintes, a situação continuou difícil: até o dia 9/VII, foram validadas apenas 15.721 assinaturas - ou seja, 3,2%.

Reportagem de Ranier Bragon, na Folha de São Paulo, aponta que o número de assinaturas rejeitadas pelo TSE é 61% superior ao de validadas: 25.384 nomes foram recusados pelo tribunal.

Os motivos são vários:

18.112 são eleitores já filiados a outros partidos
3.352 preencheram um estado diferente daquele no qual estão registrados na Justiça Eleitoral
1.284 são assinaturas duplicadas
150 eleitores não existem
44 são pessoas que já morreram...
2.442 nomes foram rejeitados por outros motivos

Outras 98.873 assinaturas ainda aguardam validação pelo TSE.

A Aliança, agora, tenta correr para participar das eleições de 2022. Mas nem esse plano tem garantia de dar certo. Tendo isso em mente, o ex-deputado federal Roberto Jefferson convidou Jair Bolsonaro para disputar a reeleição pelo PTB. Segundo o partido, Bolsonaro "declarou que vai analisar com carinho e seriedade o convite"...