Heleno quer que negociação com o Congresso se f...!
Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O governo de Jair Bolsonaro está dividido em relação às negociações com o Congresso Nacional sobre a execução das emendas parlamentares
As emendas são propostas no orçamento do governo, nas quais os deputados federais podem influir na alocação de recursos, normalmente para a realização de obras públicas em suas bases políticas. Frequentemente são utilizadas como uma espécie de "moeda de troca" nas negociações entre Congresso e Executivo - e, a oito meses do pleito municipal de 2020, as emendas são fundamentais para reconquistar apoio eleitoral.
Os líderes das bancadas no Congresso querem ter controle sobre a ordem de execução das emendas no orçamento de 2020. Entretanto, a presidência se recusa a abrir mão dessa prerrogativa: o presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta dos parlamentares.
O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, tentou na semana passada costurar um acordo: o veto presidencial poderia ser derrubado - mas, em troca, os parlamentares deveriam se comprometer em não punir gestores do Poder Executivo que descumprissem os prazos de execução das emendas.
Um dos principais conselheiros de Bolsonaro, o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, entretanto, deixou bem claro que é contra tal acordo.
No intervalo de uma cerimônia no Palácio da Alvorada, na manhã de terça-feira 18/II, o ministro-general comentou o caso com Luiz Eduardo Ramos e com os ministros Paulo Guedes, da Economia e Onyx Lorenzoni, da Cidadania:
"Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se", disse Heleno.
O problema, segundo reportagem de Naira Trindade, Manoel Ventura e Daniel Gullino, no Globo, é que a frase vazou na transmissão ao vivo pela internet...
Em tempo: no UOL, o colunista Josias de Souza classificou a declaração de Heleno como "uma sugestão de autofornicação".
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