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PSOL, Rede e PT oficializam pedido de cassação de Flávio Bolsonaro

Relação com as milícias "é um crime continuado"
publicado 19/02/2020
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(Foto 1: Edilson Rodrigues/Agência Senado - Foto 2: Reprodução)

O PSOL apresentou nesta quarta-feira 19/II a representação que pede a cassação do mandato do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da suposta República.

"A fundamentação é a relação dele com a milícia e grupo de matadores. A peça apresentada está muito consistente", escreveu nas redes sociais o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O pedido de cassação, protolocado no Conselho de Ética do Senado, também é assinado pela Rede e pelo PT.

“É um crime continuado. Ele também é acusado de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. Não é possível conviver com um senador que tenha tido essas práticas no seu currículo como deputado estadual”, disse o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.

Diz o site oficial do PSOL:

Entre os fatos que sustentam a ação estão as denúncias de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual do Rio de Janeiro, em esquema organizado pelo polêmico Fabrício Queiroz, que chegou a depositar R$ 24 mil em dinheiro vivo na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A relação com o ex-militar Adriano da Nóbrega, assassinado recentemente na Bahia, também embasa a representação que demonstra a impossibilidade de Flávio seguir no Senado Federal.

Reportagem do Jornal Nacional apresentou que, entre diversas outras conexões entre Flávio Bolsonaro e os dois ex-militares, a mãe de Adriano e a ex-mulher dele receberam de R$ 1 milhão em salários, mas não apareciam para trabalhar. Deste total, R$ 200 mil foram transferidos para contas de Fabrício Queiroz. Outros R$ 200 mil foram sacados em dinheiro vivo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro acredita que essa quantia foi repassada em mãos para o esquema de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e serviu para financiar o chefe do Escritório do Crime.

O MP-RJ também aponta que, através dos crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o hoje senador enriquece exponencialmente. Em 2015, Flávio Bolsonaro abriu uma loja de chocolates no Rio de Janeiro em 2015, quando sua renda começou a crescer de forma muita rápida.

Na eleição de 2006, ele havia declarado 385 mil em bens. Na de 2010, 690 mil. Na de 2014, 714 mil. Nas duas seguintes, já um vendedor chocolates, tinha se tornado milionário: 1,4 milhão em 2016 e 1,7 milhão, em 2018.