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Decreto autoriza matança na Bolívia!

Golpistas protegem soldados que atiram contra manifestantes
publicado 17/11/2019
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Policiais mataram nove manifestantes na sexta-feira 15/XI. Em Cochabamba, caixões foram cobertos com a "wiphala", a tradicional bandeira indígena (Reprodução: Rede Globo)

Após uma semana de intensos ataques contra manifestantes a favor de Evo Morales - em sua grande maioria agricultores e indígenas - o governo ilegítimo da senadora Jeanine Áñez publicou um decreto que garante "licença para matar" às forças de segurança.

O decreto, assinado pela golpista Áñez na sexta-feira 15/XI garante, de adianto, anistia a militares e policiais que cometerem excessos durante a repressão aos protestos populares.

O artigo 3o da nova lei diz que "pessoal das Forças Armadas que participar das operações de restauração da ordem e da estabilidade pública, ficará isento de responsabilidade criminal quando, em cumprimento de suas funções constitucionais, atuar em legítima defesa ou estado de necessidade".

"Legítima defesa" também pode ser entendida como "escusável medo" ou "sob violenta emoção" - termos utilizados para defender o excludente de ilicitude no "pacote anticrime" do ministro Sérgio Moro...

Neste fim de semana, ao menos nove manifestantes pró-Evo morreram em confrontos com a polícia e o exército. Desde a renúncia de Evo Morales, foram 23 mortes.

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