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Bancos se preparam para o rachuncho da capitalização

Tem que ser o mais rápido possível!
publicado 22/02/2019
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Do PiG cheiroso:

Setor financeiro avalia alcance da capitalização


O sistema de capitalização previsto na reforma da Previdência é de especial interesse do setor financeiro, que pode participar da administração dos recursos destinados à aposentadoria, segundo Carlos Ambrósio, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). As premissas apresentadas na quarta-feira pelo governo ao Congresso ainda não foram, porém, alvo de discussão dentro da entidade, que aguarda com "ansiedade" os desdobramentos da pauta e a regulamentação, com o detalhamento dessa parte do projeto.

"O segundo passo [da reforma] vai ser a capitalização, é o mais relevante e onde podemos contribuir com as discussões olhando para frente", disse o executivo em encontro ontem com jornalistas.

Na proposta de reforma que chegou para a avaliação do Legislativo, entre os principais pilares do sistema de capitalização está a livre escolha, pelo trabalhador, da entidade ou modalidade de gestão das reservas, e com portabilidade. O modelo prevê que quando assinar a sua primeira carteira de trabalho ele escolha se prefere acumular os recursos para aposentadoria no sistema de conta individual ou se vai para o regime geral de repartição.

A percepção de Ambrósio é que a proposta nasceu robusta no sentido de eliminar algumas distorções. "Esperamos que a aprovação seja a mais rápida possível, trazendo como benefício o equilíbrio fiscal para a sociedade como um todo." Ele espera que o mercado ganhe dinamismo com a entrada de novos competidores no setor.

O diretor da Anbima Sergio Cutolo acrescentou que o desenho chileno, em que há menos de meia dúzia de entidades aptas a operar o sistema de capitalização e uma parte é formada por poupança voluntária, não seria o ideal para o Brasil. Para ele, o embrião poderia ser algo que combinasse os fundos fechados e a previdência aberta, que tem inúmeros participantes e que avançou a passos largos nos últimos anos. "Será uma grande mudança cultural, sai o Estado provedor e as pessoas vão ter que cuidar da própria aposentadoria. O ambiente macro é propício para isso", comentou.

Carlos André, vice-presidente da Anbima, apontou que uma das críticas ao modelo chileno é que na hora de usufruir dos recursos acumulados os trabalhadores se depararam com um benefício menor do que era a expectativa. Lá, só uma parte de contribuição é compulsória. (...)

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