Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / DiCaprio não é o incendiário da Amazônia...

DiCaprio não é o incendiário da Amazônia...

Número de queimadas na floresta subiu em novembro!
publicado 01/12/2019
Comments
DiCaprio.jpg

(Divulgação)

Horas após ter sido acusado pela família Bolsonaro de contribuir financeiramente com as queimadas na Amazônia, o ator Leonardo DiCaprio se manifestou através de nota à imprensa.

"Neste momento de crise para a Amazônia, apoio o povo do Brasil que trabalha para salvar seu patrimônio natural e cultural. Eles são um exemplo incrível, comovente e humilde do compromisso e paixão necessários para salvar o meio ambiente. O futuro desses ecossistemas insubstituíveis está em jogo e tenho orgulho de apoiar os grupos que os protegem. Embora dignas de apoio, não financiamos as organizações citadas. Continuo comprometido em apoiar as comunidades indígenas brasileiras, governos locais, cientistas, educadores e as pessoas que estão trabalhando incansavelmente para garantir a Amazônia para o futuro de todos os brasileiros", disse o ator.

Nesta quinta-feira 28/XI, o presidente Jair Bolsonaro resolveu ressuscitar sua teoria de que os incêndios florestais são obras de organizações não-governamentais: "o pessoal da ONG, o que eles fizeram? O que é mais fácil? Botar fogo no mato. Tira foto, filma, a ONG faz campanha contra o Brasil, entra em contato com o Leonardo DiCaprio, e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG", disse o Jair Messias.

É tudo uma grande campanha contra seu governo, acredita o presidente...

Ele continuou: "uma parte foi para o pessoal que estava tocando fogo, tá certo? Leonardo DiCaprio tá colaborando aí com a queimada na Amazônia, assim não dá".

Em tempo: ao citar o tal "pessoal que estava tocando fogo", Bolsonaro provavelmente se referia aos brigadistas voluntários da região de Alter do Chão, no Pará, que foram presos na terça-feira 26/XI sob acusação de provocar incêndios para obter doações em dinheiro.

As prisões abusivas geraram críticas de diversos setores da sociedade: o Ministério Público Federal (MPF) disse que não há qualquer indício de atividade criminosa por parte do grupo e abriu investigação sobre a ação de grileiros na região. O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB) afastou o delegado responsável pela investigação e os quatro brigadistas deixaram a cadeia na quinta-feira 28/XI.

Em tempo2: enquanto isso, o número de focos de incêncio e pontos de desmatamento na Amazônia subiu em novembro, após a retirada dos militares das operações de combate ao fogo e aos crimes ambientais.

Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça!

Leia também no Conversa Afiada: