Senvergonhice e crise da Democracia
Saturnino: Presidente garante a corrupta incolumidade do filho
publicado
22/01/2019
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O Conversa Afiada publica imperdível "Correio" de Saturnino Braga, carioca cuja invejável honradez não chegou a pontos da Barra da Tijuca e Laranjeiras:
Há muita referência e muita conversa séria sobre a crise atual da democracia.
Sim, é evidente que a Democracia passa por uma fase de muita crítica, de desconfiança mesmo, como passou no início do século XX, quando foram geradas experiências alternativas – fascismos na Espanha, em Portugal, na Itália e na Alemanha, e o socialismo revolucionário e ditatorial na União Soviética.
Experiências estas recusadas pela Humanidade, com base no sentido de sua evolução histórica centenária, um sentido marcadamente democrático e humanístico.
Não há mais substitutos à democracia. O que importa é o reconhecimento das suas distorções e a busca dos caminhos de renovação e melhoria.
Um bom exemplo de distorção da Democracia seria o caso do Brasil de hoje?
Não! Claro que não!
O caso do Brasil de hoje é outra coisa, bastante diferente, é um caso de arrogante e desabrida agressão externa e de profunda e alastrada senvergonhice interna!
Nada de distorção mas descarada agressão à Democracia! E à Nação Brasileira, com vergonhosa submissão ao Poder do Império!
É uma tomada de poder pelo golpe, pela mentira, pela falsidade, pela falsa religiosidade, pela perfídia, pela traição, pela traição à Pátria com a submissão explícita ao Poder de outro país, do Norte.
Impudente, sem nenhuma vergonha na cara!
O Brasil caminhava para o exercício de uma autonomia que nunca tivera:
Liderava sabiamente o continente sulamericano para esta autonomia;
Participava de um grande movimento para a criação de um novo polo internacional de poder: os BRICS, para melhor equilibrar o mundo.
Descobriu enormes jazidas de petróleo e ia explorá-las por si mesmo; e para si mesmo.
Mostrava sua competência diplomática-negociadora, participando positiva e criadoramente de entendimentos como os do acordo com o Irã.
E realizava, pela primeira vez, uma explícita política interna de redução substancial das atrasadas, sufocantes, imorais e vergonhosas desigualdades econômico-sociais internas. O Brasil atacava, diretamente, pela primeira vez, seu maior, mais danoso, mais imoral e antinacional, seu mais difícil problema: o da desigualdade abismal entre brasileiros!
Por tudo o que fazia, o Brasil emergia no mundo como uma verdadeira e respeitada Potência da Paz.
Mas o Império do Norte não podia consentir nesta nova e audaciosa presença mundial do Brasil, seu velho quintal.
Convocou seus aliados brasileiros da Elite do Atraso (Jessé de Souza) e articulou o golpe para derrubar a digna Presidenta Dilma, colocar um bobo corrupto no seu lugar, e articular, com seus velhos aliados e seus novos soldados religiosos das seitas estipendiadas, a eleição de um pequeno deputado de cara agressiva e poucas leituras, para garantir uma postura oficial do Brasil subserviente e conveniente aos interesses imperiais do Norte.
O novo Presidente em poucos dias fez uma confusão danada mas garantiu esta subserviência ao Império, ele e seus colegas de farda, doutrinados e preparados desde cedo para a caça aos comunistas, mais do que para a defesa da Pátria.
Garantiu também, o novo Presidente, a corrupta incolumidade de seu filho, junto com a do velho amigo Seu Queiroz e ainda a da filha do Seu Queiroz.
E assim, La Nave Va.
Afundando.
Bolsonariamente…
Roberto Saturnino Braga