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Professores de Oxford e Birmingham alertam: cloroquina pode ser prejudicial para pacientes com Covid-19

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publicado 09/04/2020
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Editorial do British Medical Journal, uma das principais referências mundiais em publicações científicas, sustenta que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina pode ser prematuro e potencialmente prejudicial para pacientes infectados pelo novo coronavírus.

"O amplo uso da hidroxicloroquina expõe alguns pacientes a danos raros, mas potencialmente fatais, incluindo reações adversas cutâneas graves, insuficiência hepática fulminante e arritmias ventriculares (principalmente quando prescritas com azitromicina)", afirma o artigo assinado pelo professor Robin Ferner, do Instituto de Ciências Clínicas da Universidade de Birmingham, e Jeffrey Aronson, do departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e reproduzido pela coluna de Monica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Os especialistas dizem ainda que, apesar de políticos como  Donald Trump defenderem que não há riscos na administração das substâncias, nenhuma droga medicamentosa pode ser tida como segura. O texto também destaca que casos de overdose pela cloroquina podem ser de difícil tratamento.

"Mesmo medicamentos inicialmente apoiados por evidências de eficácia podem, mais tarde, se provar mais prejudiciais do que benéficos. Precisamos de melhores ensaios clínicos controlados, randomizados e com alimentação adequada de cloroquina ou hidroxicloroquina", reforçam os acadêmicos.

Segundo eles, atualmente há, pelo menos, 80 estudos sobre a administração da cloroquina, da hidroxicloroquina ou de ambos em andamento em todo o mundo, às vezes em combinação com outros medicamentos.