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Podcast: Waldir, um brasileiro nacionalista

Ele não entregou o que o FHC e o Aloysio 500 mil entregaram
publicado 22/06/2018
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Olá, tudo bem?

Esse podcast é sobre o notável brasileiro Waldir Pires, que morreu hoje, 22 de junho, aos 91 anos.

Waldir sempre foi um servidor público e preferiu morrer em combate, como vereador de Salvador.

Emiliano José, jornalista baiano, acaba de lançar uma biografia de Waldir.

Deve ser um obra definitiva, com a competência do biógrafo e a estatura moral e política do biografado.

Este ansioso blogueiro teve a honra de conhecer Waldir.

E vai ressaltar aqui, nessa modesta homenagem, dois aspectos.

Assis Chateaubriand exercia sobre a comunicação uma hegemonia comparável à da Globo, hoje.

E mandou um de seus empregados, o deputado João Calmon, preparar uma Lei de Radio-difusão para consolidar o seu poder.

A bancada do rádio e da incipiente televisão aprovou no Congresso a legislação oligopolista.

Foi à sanção presidencial.

O grande Presidente João Goulart submeteu o projeto a seu Consultor Geral, Waldir Pires.

Jango apôs cinquenta vetos.

Os cinquenta vetos foram derrubados no Congresso.

E o projeto original de Chateaubriand entrou em vigor.

Para comemorar a estrondosa vitória, os vencedores criaram a ABERT, que hoje é um dos lobbies mais poderosos de Brasília.

Essa Lei de 1962 é a que vigora até hoje.

A Globo Overseas herdou a lei e não deixou mudá-la.

E manda na Abert.

Se os governos trabalhistas que vieram depois de Jango – a gente sabe quais são – tivessem um mínimo de informação e um máximo de coragem tinham recuperado os vetos de Waldir.

Estão ali os pontos centrais do que seria uma regulação da mídia – numa Democracia.

(Numa inconfidência, ao pé do ouvido, Waldir me confessou que redigiu os vetos que, formalmente, eram do Presidente João Goulart.)

Anos depois, de volta do exílio com Jango, a quem sempre foi fiel, Waldir foi ministro, governador da Bahia e deputado federal.

Nessa função, quase solitária, ele conseguiu, com competência e bravura impedir que o então presidente entreguista Fernando Henrique Cardoso entregasse a Base de Alcântara aos americanos.

Waldir montou uma resistência feroz e bem-informada.

O entreguista foi derrotado.

Provisoriamente.

Porque os canalhas de hoje, com esse entreguista da estirpe do Fernando Henrique – o suposto chanceler Aloysio Nunes Ferreira, o Aloysio 500 mil, entregou Alcântara aos americanos, em troca… de nada!

Talvez Aloysio e Fernando Henrique tenham agora feito uma barganha do diabo.

Entregam Alcântara e, quando a canoa virar – o que será breve - conseguem o que Serra conseguiu em 1964.

De repente… aparecem nos Estados Unidos.

Salvos.

Waldir terá outro destino.

A História!