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PF indicia ministro do Turismo no laranjal do PSL!

Partido promoveu candidaturas de fachada em Minas Gerais
publicado 04/10/2019
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Reprodução: PortalBaiano.com

A Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antonio e mais dez pessoas no inquérito sobre o uso de "candidaturas laranja" pelo PSL de Minas Gerais nas eleições de 2018.

O ministro foi indiciado sob suspeita de falsidade ideológica eleitoral, associação criminosa e apropriação indébita de recurso eleitoral.

Segundo a investigação, o PSL - partido do presidente Jair Bolsonaro - registrou candidatas mulheres para disputar cargos no legislativo com dois objetivos: cumprir a determinação do Tribunal Superior Eleitoral de que cada legenda deveria ter no mínimo 40% de candidaturas femininas e, em seguida, desviar verbas eleitorais.

De acordo com a investigação, as candidaturas eram apenas "de fachada": as candidatas receberiam dinheiro do partido sob a condição de, em seguida, devolver a maior parte dos valores, que seriam utilizados pelo PSL para promover outros nomes mais promissores.

Tal manobra constitui desvio de dinheiro público das campanhas.

Segundo a PF, as candidatas sabiam que estariam atuando como "laranjas".

À época, Marcelo Álvaro Antonio era presidente do PSL no estado e candidato a deputado estadual. A investigação da Polícia Federal concluiu que o ministro comandou o esquema.

A Fel-lha descobriu o laranjal do PSL em fevereiro de 2018. Segundo a reportagem, quatro candidatas receberam um total de R$ 279 mil reais - entretanto, não há qualquer sinal de que tenham realizado atividades de campanha e, ao final, reuniram pouco mais de dois mil votos.

A Polícia Federal é comandada pelo ministro da Justiça - no caso, Sérgio Moro.

Desde as revelações da Fel-lha, Bolsonaro diz que esperaria as conclusões da Polícia Federal, antes de tomar qualquer decisão sobre o futuro de Álvaro Antonio.

Álvaro Antonio estava ao lado de Jair Bolsonaro no momento da facada em Juiz de Fora. Ele foi uma das pessoas que levou o então candidato à presidência a uma viatura da Polícia Federal e, de lá, ao hospital.

O indiciamento do ministro pode, portanto, até mesmo abrir uma nova crise entre Moro e o Jair Messias...

Leia a reportagem completa na Fel-lha.

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