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Nem Gilmar segura a roubalheira do Serra!

A Dra. Dodge é muito mais caridosa...
publicado 31/01/2018
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O Conversa Afiada prestou inestimável serviço à Democracia ao publicar, sem cortes, as delações premiadas que deveriam colocar José Serra, o maior dos ladrões, na cadeia.

As revelações de ex-executivos da Odebrecht - em especial Arnaldo Cumplido, Carlos Armando Paschoal, Pedro Novis e Benedicto Junior - motivaram a instauração do Inquérito 4428.

Cabe destacar que o inquérito em questão investiga outra imaculada figura da política brasileira: Aloysio Nunes, que foi promovido pela Odebrecht de 300 a 500 mil.

(Clique aqui para ver como Aloysio, o Manaus, era guloso!).

A hipótese da qual parte a investigação é de que, em 2007, Serra, então Governador de São Paulo, decretou uma renegociação nos contratos para a construção do Robanel Tungano.

Em troca de vantagens nessa renegociação, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto - à época diretor da DERSA (Desenvolvimento Rodoviário) -, teria exigido pagamentos para campanhas tucanas.

A estratégia do Careca foi curiosa: ele pediu ao Supremo Tribunal Federal, no ano passado, "a pronúncia da prescrição da pretensão punitiva em relação a todos o fatos anteriores a 2010".

Espertinho... Queria, claro, ver as investigações sumariamente encerradas por prescrição.

No dia 15 de dezembro, o Ministro Gilmar Mendes, relator do Inquérito 4428, rejeitou segurar essa bomba:

"(...) Seria prematura a pronúncia da prescrição da pretensão punitiva no presente momento (...) Por todo esse contexto, tenho por relevante aguardar a realização das diligências deferidas antes de avaliar eventual prescrição."

O despacho mostra que nem o Ministro Gilmar segura a roubalheira do Serra.

Em outra frente de investigação contra o Careca, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, foi muito mais benevolente.

Em 24 de janeiro, quando o povo assistia ao espetáculo dos desembagrinhos de Porto Alegre, Dodge pediu arquivamento de outro inquérito contra Serra - desta vez, baseado na delação premiada de Joesley Batista e outros executivos da J&F.

Não veio ao caso, por assim dizer...

O motivo alegado para o arquivamento foi, evidentemente, que o prazo de prescrição para o crime já estava esgotado.

Agora, resta saber o que as diligências cobradas pelo Ministro Gilmar Mendes vão mostrar.

Até lá, o Careca pode cobrar do Datafalha que inclua seu nome nas próximas pesquisas de intenção de voto para Presidente (ou para qualquer outro cargo)...