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Ministro do Meio Ambiente é suspeito de enriquecimento ilícito

Ricardo Salles é alvo do Ministério Público de São Paulo
publicado 29/05/2020
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (sem partido), é alvo do Ministério Público de São Paulo em duas frentes: um inquérito que o investiga por suspeita de tráfico de influência e advocacia administrativa e outro por enriquecimento ilícito.

A informação é da revista Crusoé.

De acordo com a publicação, o MP listou "volumosas" transações financeiras feitas pelo ministro. Elas podem elucidar as duas investigações abertas pela Promotoria por improbidade administrativa e abrir uma nova frente na esfera criminal, para apurar indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

No período investigado, Salles exerceu cargos públicos no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo, e atuou como advogado na iniciativa privada.

Segundo a revista, dados da quebra de sigilos bancário e fiscal autorizada pela Justiça mostram que o ministro repassou 2,75 milhões de reais da conta de seu escritório de advocacia para a sua conta pessoal, em 54 transferências feitas entre 2014 e 2017.

Durante 20 meses em que atuou como advogado de uma construtura, entre as duas passagens pelo governo, Salles trocou um apartamento de 137 metros quadrados por um duplex nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, e comprou um iate de 580 mil reais que fica ancorado em Ilhabela, no litoral norte do estado.

As aquisições elevaram o patrimônio do ministro para 8,8 milhões de reais em 2017, quando ele deixou o governo estadual pela segunda vez, um aumento real de 335% em relação aos bens que ele possuía antes de ingressar na vida pública.

Foi essa evolução patrimonial que desencadeou a abertura de um inquérito, em agosto do ano passado, para apurar eventual enriquecimento ilícito