Mandetta pode ser a próxima vítima de Bolsonaro
Crédito: Metrópoles
A atuação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na crise provocada pelo coronavírus tem sido elogiada por diversos atores. Todavia, o protagonismo do ministro tem incomodado o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo matéria do Estadão, Mandetta começou a ver seu trabalho ser esvaziado pelo Palácio do Planalto.
"A presença do presidente Jair Bolsonaro nos atos de domingo atropelou o discurso do ministro de enfrentamento à doença e desautorizou uma de suas principais recomendações, a de que a população evite grandes aglomerações. Nas redes sociais, onde encontra apoio até de opositores de Bolsonaro, Mandetta foi aconselhado a mostrar contrariedade, pedindo demissão. Na última semana, a presença de Mandetta em entrevista coletiva ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário do Planalto, também incomodou o presidente. O grupo de Bolsonaro diz que o ministro deveria ter dado mais crédito ao presidente pelas medidas anunciadas", diz o texto.
Nesta terça (17/III), o jornal O Globo informa que o presidente "teve um primeiro estranhamento com Mandetta"
"Motivo: o Ministério da Saúde, na sexta-feira passada, determinou que a saída de novos cruzeiros turísticos estava proibida até que o Brasil supere a emergência do coronavírus. Bolsonaro encrencou com a ordem preventiva dada pelo ministério. Insistiu para que Mandetta voltasse atrás — talvez porque batesse de frente com o seu discurso de que está tudo tranquilo no país. Com algum custo, Mandetta conseguiu manter o veto aos cruzeiros", diz colunista do jornal.