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Lava Jato ignorou fraude relatada por Cunha

Ex-deputado denunciou manipulação no Conselho de Ética da Câmara
publicado 10/09/2019
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Eduardo Cunha em reunião com líderes da Câmara, 1o./III/2016 (Créditos: Lula Marques/Ag. PT)

Reportagem de Eduardo Militão, do UOL e Rafael Moro Martins, do Intercept Brasil, mostra que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba decidiram não investigar uma denúncia apresentada por Eduardo Cunha em meados de 2017.

Cunha, ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara, apresentou uma denúncia de manipulação no procedimento que levou à sua cassação pelo Conselho de Ética da casa, em 13/IX/2016 - poucas semanas após presidir o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

(Pouco tempo depois, Eduardo Cunha foi preso. Perdeu a serventia...)

Orlando Martello, procurador da Lava Jato, citou "bolas mais pesadas no sorteio da relatoria" do Conselho de Ética em mensagens ao grupo "Acordo Cunha" no Telegram - grupo criado, justamente, para avaliar a possibilidade de um acordo de delação premiada com o ex-deputado.


Reprodução: UOL

O relato da suposta fraude foi feito pelo próprio ex-deputado. Segundo juristas ouvidos pela reportagem, o Ministério Público Federal não pode escolher quais denúncias investigar e quais ignorar.

De acordo com a reportagem, Eduardo Cunha acusou o ex-presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA) de indicar um relator mais favorável ao próprio Cunha. A expressão "bola mais pesada" indicaria manipulação dos resultados. Araújo negou qualquer possibilidade de fraude no procedimento.

O acordo de delação premiada de Cunha não foi aceito pelo Ministério Público Federal (MPF).

Leia a reportagem completa no UOL.

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