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Joice vai à PGR contra "ato criminoso" de Eduardo Bolsonaro

Segue a guerra nas entranhas do PSL
publicado 06/11/2019
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(Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, protagonizou nesta quarta-feira 6/XI mais um episódio de sua nova saga contra a família presidencial.

Hasselmann entrou na Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma representação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 03 de Jair Bolsonaro, por suas ameaças à democracia brasileira ao falar sobre a possibilidade de um novo AI-5.

Segundo informações da coluna de Lauro Jardim no Globo, Joice pediu que Augusto Aras, o procurador-geral, investigue um "ato criminoso". Ela quer, ainda, que a PGR ofereça uma denúncia criminal contra Eduardo.

Ontem, deputados federais de PT, PSOL, PDT, PSB e PCdoB oficializaram um pedido de representação no Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro. A denúncia dos parlamentares sustenta que ele fez apologia à ditadura militar. Por isso,  defendem a cassação do deputado.

Na semana passada, em entrevista ao canal de Leda Nagle no YouTube, Eduardo disse que "vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 60 no Brasil".

“E uma resposta, ela pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália… Alguma resposta vai ter que ser dada. Porque é uma guerra assimétrica, não é uma guerra em que você está vendo o seu inimigo do outro lado e você tem que aniquilá-lo como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno, de difícil identificação aqui no País. Espero que não chegue a esse ponto, né, mas a gente de que estar atento".

Horas depois da divulgação do vídeo, tentou recuar. Mas continuou a cobrar repressão à esquerda.

“Eu talvez tenha sido infeliz em falar no AI-5, porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, mas, nesse cenário [de manifestações como no Chile], o governo tem que tomar as rédeas da situação. Não pode, simplesmente, ficar refém de grupos organizados para promover o retorno. […] Não convém a mim a radicalização”afirmou em entrevista ao Brasil Urgente, da TV Band.

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