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Haddad: nem o Queiroz sabia onde estava!

"Ele apareceu, mas continua perdido"
publicado 28/12/2018
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Do UOL:

Candidato derrotado do PT à Presidência da República em 2018, Fernando Haddad esteve em Curitiba nesta sexta-feira (28), onde visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há cerca de nove meses na sede da Polícia Federal no Paraná. Diante de um grupo de militantes reunidos em frente ao prédio, Haddad fez ironia sobre a primeira entrevista dada por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), após a revelação de uma investigação envolvendo "movimentações atípicas" em sua conta bancária.

"O pessoal ficou perguntando: 'Cadê o Queiroz?' Eu percebi pela entrevista dele que nem ele sabia onde estava. Perguntaram em que hospital ele estava e ele disse que só conta depois", afirmou Haddad.

"Tem muita coisa que precisa ser apurada: fake news, caixa dois, o Queiroz que apareceu, mas não sabe onde está. É um negócio impressionante."

Haddad se referia à entrevista concedida por Fabrício Queiroz ao SBT, divulgada na noite de quarta-feira (26), em que o ex-assessor não responde sobre depósitos feitos em sua conta por funcionários do gabinete de Flávio, entre eles a mulher de Queiroz e uma de suas filhas.

(...)

Visita a Lula antes do Ano Novo

Ao conversar com os militantes em frente à sede paranaense da Polícia Federal, usando um megafone, Haddad criticou o futuro governo: "A dignidade e os direitos da população vêm sendo vilipendiados pelo governo [do presidente Michel] Temer e a sua continuidade, agora com o Bolsonaro, que já anunciou que vai seguir o mesmo caminho, a mesma trilha. E com desvantagens, porque está atacando a educação, está atacando a cultura, o meio ambiente, coisas que já haviam sido superadas desde a redemocratização."

O petista afirmou que seu papel não é o de se esconder, mas de rodar o país, "conscientizando a juventude dos riscos que a democracia está correndo". E sinalizou como positivo um parecer publicado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério Público Federal para que um recurso apresentado pela defesa de Lula no caso do tríplex do Guarujá (SP) seja julgado por uma das turmas do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

"Isso quer dizer que existe uma chance efetiva da sentença condenatória ser revista pelos cinco ministros que compõem a turma do STJ que vai julgar o recurso, porque a gente sabe que essa sentença é uma sentença muito frágil", disse Haddad.

"Condenar o Lula por ser o Lula coloca em risco todos nós, porque amanhã ninguém sabe quem vai estar na linha de tiro." O ex-presidente está preso desde o dia 7 de abril, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.