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CPI das Fake News vai ouvir WhatsApp, Facebook e agências de marketing

PT convida Alexandre Frota para disparar contra Bolsonaro!
publicado 26/09/2019
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Na noite desta quarta-feira (25/IX), deputados e senadores que compõem a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga a divulgação de notícias falsas pela internet - as fake news - aprovaram requerimentos que convidam 85 pessoas e empresas a prestar esclarecimentos.

Entre elas, estão agências que trabalharam para a campanha de Jair Bolsonaro no ano passado. Em outubro de 2018, reportagens de Patricia Campos Mello na Fel-lha revelaram como as empresas Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Market) realizaram envios em massa de mensagens pelo WhatApp durante as eleições.

Também será convocado um representante da EnviaWhatsApp, uma empresa da Espanha que foi contratada por brasileiros para o envio de posts pró-Bolsonaro através do aplicativo de mensagens.

A CPI das Fake News também convocou representantes do Facebook, Twitter, Google e Youtube, além do próprio WhatsApp, para uma audiência pública

Executivos das operadoras de telefonia celular Claro, Nextel, Oi, Tim e Vivo também deverão prestar depoimento.

Deputados e senadores ligados ao governo Bolsonaro tentaram impedir o andamento da sessão. Segundo uma deputada do PSL, a CPI cria um "tribunal de excessão" contra o Jair Messias...

Personalidades vítimas de fake news - como a atriz Taís Araújo, o músico Caetano Veloso e a jornalista Maju Coutinho - também foram convidadas a falar aos parlamentares.

Uma surpresa foi o convite feito por deputados do PT ao... Alexandre Frota!

Frota, eleito deputado federal pelo PSL, rompeu com o partido de Bolsonaro e migrou para o PSDB. Em entrevista ao programa Roda Morta da TV Cultura, em agosto, ele afirmou que a campanha de Jair Bolsonaro praticou o envio de fake news em massa através da internet.

Em pronunciamento na Câmara no dia 24/IX, Alexandre Frota mencionou as "milícias digitais instaladas no Palácio, abaixo da sala do presidente Jair Bolsonaro", especializadas em produzir "linchamentos virtuais".

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