Câmara dos Representantes dos EUA aprova limite às ações militares de Trump

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira 9/I, uma resolução afirmando que o presidente Donald Trump deve buscar a aprovação do Congresso antes de iniciar novas ações militares contra o Irã, a menos no caso de um ataque armado iminente contra militares americanos. 

A moção agora segue para o Senado, onde já tramita um projeto semelhante, apresentado pelo senador Tim Kaine, democrata da Virgínia. Esta medida obrigaria Trump a pedir ao Congresso, com 30 dias de antecedência, aval para ações militares contra o Irã. 

Os republicanos têm maioria no Senado, o que é uma boa notícia para Trump. No entanto, dois senadores republicanos, Mike Lee e Rand Paul, já declararam que votarão com os democratas. Como os democratas e os independentes alinhados a eles somam 47 senadores, basta mais uma dissidência na bancada governista para deixar os republicanos sem os 51 votos necessários para impedir a aprovação da lei.

A Câmara aprovou a medida, 224-194, sem praticamente qualquer apoio dos republicanos. A decisão veio dias após Trump ordenar um ataque aéreo que matou o principal general iraniano, Qasem Soleimani.

A medida "protegerá vidas e valores americanos" limitando as ações militares de Trump, disse a presidenta da Câmara, a democrata Nancy Pelosi. "A administração deve diminuir a escala e evitar futura violência".

A votação na Câmara ocorreu um dia depois de o governo Trump informar os congressistas sobre suas ações no Irã. Democratas e vários republicanos consideraram as informações inadequadas, avaliando que as autoridades não forneceram detalhes suficientes sobre o motivo pelo qual o ataque aéreo foi autorizado.