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Bebianno: perseguição de Bolsonaro à Folha pode dar impeachment!

"Presidente quer um pretexto para adoção de medidas autoritárias"
publicado 02/12/2019
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Ex-ministro Bebianno se tornou tucano com a benção do ex-Bolsodoria (Reprodução/Divulgação)

Neste domingo 1o/XII, enquanto parentes das vítimas da desastrosa ação da Polícia Militar em Paraisópolis percorriam os pronto-socorros e o Instituto Médico Legal atrás de informações, o governador tucano de São Paulo, João Doria, ex-prefake e ex-Bolsodoria, estava no Rio de Janeiro, onde participou da cerimônia de filiação de Gustavo Bebianno ao PSDB.

Ex-bolsonarista, Bebianno foi Secretário-Geral da Presidência entre janeiro e fevereiro deste ano. Antes isso, entre março e outubro de 2018, foi presidente nacional do PSL - em seguida, cedeu o posto ao deputado federal Luciano Bivar.

(Como o amigo navegante deve se lembrar, Bivar é aquele que, segundo Jair Bolsonaro, "tá queimado pra caramba"...)

Gustavo Bebianno rompeu com o governo Bolsonaro em 18/II: pediu as contas após ser chamado de mentiroso por Carlos Bolsonaro, o Carluxo.

No Rio, João Doria abonou Bebianno de seus pecados: afirmou que o ex-bolsonarista "agora está na direção certa".

Já Bebianno aproveitou a oportunidade para atacar o antigo patrão. Afirmou que "nossa Democracia está em risco" e que "tudo que o presidente quer é um pretexto para adoção de medidas autoritárias, que não serão aceitas pela maioria do país".

O ex-ministro também condenou a influência de Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro junto ao papai Jair Messias: "dois seres inexpressivos comandando as diretrizes do país de forma oficiosa. Um nível de burrice nunca antes visto".

Em entrevista ao UOL, Gustavo Bebianno também comentou os ataques de Jair Bolsonaro à Folha de São Paulo: "vejo isso como um ato de retrocesso, um absurdo que, na minha opinião, abre uma porta até para um pedido de impeachment do presidente, uma vez que ele afronta a liberdade de imprensa defendida pela Constituição. Por consequência, afronta a própria Democracia".

"O presidente não pode achar que ele é o imperador do Brasil", conclui o ex-ministro.

Em tempo: durante a cerimônia, Bebianno também assumiu a presidência do diretório municipal do PSDB no Rio de Janeiro.

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