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EUA citam "emissora brasileira" por pagamento de propinas no futebol

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publicado 07/04/2020
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicou na segunda-feira 6/IV que transferências de cerca de US$ 2 milhões saíram das contas "em nome da emissora brasileira A, uma entidade conhecida do Júri". Os procuradores investigam pagamento de propina para transmissão de torneios de futebol, como a Copa América. A informação é da coluna de Jamil Chade no UOL.

O documento não cita o nome da empresa A, mas indica que o dinheiro transitou pelos bancos HSBC em Nova Iorque, passou pelo Citibank e terminou na conta da empresa Datisa S.A. no Bank Hapolim, na Suíça.

Também na segunda-feira, a Justiça estadunidense indiciou Carlos Martinez e Hernan Lopez, ex-representantes da Fox. Documentos revelam como eles pagaram propinas em troca do direito de transmissão de jogos das Eliminatórias e Libertadores.

Voltando ao caso da "emissora brasileira", vale destacar que não é uma acusação inédita. Em 2017, entre as citadas diante do Júri do tribunal de Nova York  estava a TV Globo. Uma das testemunhas, Alejandro Burzaco, sustentou que seis empresas pagaram propinas dentro do esquema, entre elas Televisa, Fox, MediaPro e a Globo.

A emissora também foi citada em depoimento do empresário Eladio Rodríguez, que mencionou a existência de um pagamento de US$ 1 milhão a um ex-executivo da Globo, Marcelo Campos Pinto. Rodríguez era um dos principais representantes de Alejandro Burzaco. À época, a empresa negou qualquer envolvimento com o esquema de corrupção.