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TV estatal, já ! (Na Turquia !)

No Brasil não tem controle remoto !
publicado 21/07/2013
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“Na Turquia, os donos do PiG (*) subvertem a democracia.”

Imagine, amigo navegante, se o Cerra tivesse vencido a eleição de 2010.

E a doença infantil do transportismo tentasse ir às ruas reclamar.

A Globo enterraria o movimento no primeiro bueiro aberto.

Primeiro, dificilmente, os ingênuos e espertos ousariam sair às ruas.

Nos governos tucanos e do Kassab eles eram desdentados.

Os dentes cresceram quando os petistas passaram a governar.

Aí, a Globo e o PiG (*) botaram lenha na fogueira.

Mas, vamos supor que o Cerra tivesse vencido a eleição da bolinha de papel e do aborto no Chile pode.

E, em desvairada suposição, os transportistas enchessem as ruas, como o movimento das Diretas-Já encheu a Praça da Sé e a Globo disse que tinham ido lá celebrar o aniversário da cidade.

Foi o que aconteceu em Istambul na Praça Taksim, instalada num bairro chique da cidade.

A população se enfureceu na defesa da Praça.

E a TV comercial turca ignorou solenemente as repetidas manifestações.

Uma Globo de lá, durante uma manifestação, exibiu um documentário sobre pinguins – e outra mereceu, como a Globo, aqui, uma passeata na porta.  

O que levou o jornalista Yakuza Baydar a escrever um artigo no New York Times.

Uma defesa da Democracia.

Mundo afora, diz ele, especialmente em jovens democracias, como a Argentina, Venezuela, Brasil, Filipinas, África do Sul, Hungria e Albânia a ausência de uma mídia independente é uma ameaça real à democracia.

Executivos da mídia intimidam ou censuram os repórteres, para defender seus interesses empresariais.

(No Brasil, é diferente. Aqui, como diz o Mino, o jornalista é pior que o patrão.  Não deixe de ler “São Paulo é a Ilha Virgem dos tucanos”.)

A liberdade e a independência (dos negócios) da mídia é vital para criar e consolidar uma cultura política democrática – diz Baydar.

A disfunção patológica da mídia turca (e brasileira) é apenas parte de um problema mais amplo.

Um extensivo estudo de um grupo de jornalistas e especialistas independentes em mídia, para a União Europeia, encontrou problemas parecidos em países do Sudeste da Europa.

Muitos donos da mídia e muitos jornalistas (chamados de colonistas (*), urubólogos e especialistas que nada sabem de tudo) encarnam interesses políticos e econômicos (na páginas de “Economia” – PHA) e usam sua posição para promover “guerras de mídia” contra os adversários políticos (aqui, os petistas – PHA), concluiu o estudo da União Europeia.

A única forma de impedir a subversão da Democracia é os Governos, com o apoio dos eleitores, reformarem as emissoras estatais de forma que se tornem serviços públicos autônomos e independentes, e, amparados por um sistema legal, possam competir com as emissoras privadas. É o que acontece na Inglaterra, na Alemanha, na Suíça, Canadá e Austrália.



A propriedade privada da mídia tem que conviver com um Quarto Estado confiável, independente, vibrante e competente.

Uma mídia corrupta – que não paga o Imposto de Renda , nem o ECAD, PHA – não pode denunciar a corrupção de uma forma confiável, conclui Baydar.

Não será imparcial, ou seja, num Estado em que petista, pobre, preto e p … vão em cana no mesmo camburão dos tucanos da Privataria– PHA.

Navalha

Sem grana, sem entrar no mercado de São Paulo, é melhor fechar a TV Brasil.

E esperar um próximo Governo trabalhista que tenha a coragem de enfrentar a Globo e inserir no programa de Governo – na campanha eleitoral - uma tevê estatal forte.

Eleger-se com essa bandeira no balaio.

Como a tevê da Inglaterra, Alemanha, Canadá, Suíça e Austrália – países onde impera, como se sabe, a treva tsarista …

E onde o Bernardo plim-plim, trim-trim não seria ministro.

Seria, apenas, um pigólatra de província.

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.