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O Parente é otário ou canalha!

Minoritários brasileiros querem o acordo dos abutres de NY!
publicado 06/01/2018
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Liga o Vasco, navegante de longo curso.

(O Vasco andou sumido. Agora, por exemplo, ele está em busca de quem estuprou a regra de ouro da Cegonhóloga. Procurou na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, perto da sede da Globo Overseas, esteve no Lago Paranoá, em Brasília, perto da Igreja em que o Meirelles pregou. E, nada! Ainda não achou o maldito estuprador!)

- E aí, Vasco? Que horror! Estupraram a regra de ouro!

- Prá você ver, ansioso blogueiro, eles são capazes de tudo!

- Isso é ou não é uma pedalada, Vasco?

- Espera eu consultar o Dr. Miguel Reale Jr. Ele deve ter uma abalizada opinião sobre a matéria...

- Pergunta à descabelada da Janaína...

- Não, tenho medo dos perdigotos dela, a meia distância!

- São um perigo, é verdade... Mas, Vasco, a que devo a honra de seu telefonema?

- Você leu o Estadão?

- Prefiro evitar...

- Eu também... Mas, tem lá uma notícia interessante: Minoritários querem R$ 20 bilhões da Petrobras.

- O que? Os brasileiros pensam que são os abutres de Wall Street? Mania de grandeza...

- Não, meu caro. O argumento deles é bastante razoável: por uma questão de isonomia, querem o mesmo acordo que o Parente...

- Pedro Malan Parente.

- Como voce preferir... o Malan Parente fechou com os abutres de Wall Street... Se deu lá, tem que dar aqui também. Por que se agachar só lá?

- Sim, por esse mesmo raciocínio, quantos outros milhares de acionistas em Nova York, Nova Delhi e Nova Caledônia vão querer o mesmo dos abutres?

- Exatamente! Isso me conduz, ansioso blogueiro, a uma dúvida cruel...

- Qual, Vasco?

- Será o Parente...

- Malan Parente...

- Será o Malan Parente um otário ou um canalha?

- Por que, Vasco?

- A hipótese "otário" seria... não ter previsto que uma "class action" com os abutres na Bolsa americana daria origem a milhares de filhotes com tubarões, piranhas e outros habitantes das bolsas de valores no mundo inteiro... Inclusive no Brasil...

- É verdade, ele pode ser um otário...

- Mas, pode ser um canalha também.

- Canalha na acepção do...

- Já sei: do Requião e do Lindbergh.

- E por que canalha? Talvez canalha não exprima, como diz o Mino Carta...

- Canalha porque ele fez isso de caso pensado: para destruir a Petrobras. Para quebrar a Petrobras por dentro. Com milhares de ações na Justiça. Tornar a Petrobras ingovernável diante do passivo judicial e entregá-la a preço de Vale do Rio Doce!

- Preço de banana!

- Que destino dar a esse rapaz ?

- O paredón.

- Já sei: o do Conversa Afiada!

- Vas, como você é sabido!

Pano rápido.

PHA

Investidores minoritários querem R$ 20 bilhões da Petrobrás


Os acionistas minoritários da Petrobrás que entraram com ação contra a empresa no Brasil acreditam ter direito a uma indenização de R$ 20 bilhões por conta das perdas provocadas pela corrupção na estatal. Segundo a Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin), o número leva em conta o acordo de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 9,5 bilhões) fechado pela Petrobrás esta semana com acionistas nos Estados Unidos.

“O cálculo considera que cerca de dois terços dos papéis da Petrobrás foram adquiridos na B3 (a bolsa de São Paulo) e apenas um terço na Nyse (a bolsa de Nova York). Um acordo nas mesmas bases no Brasil resultaria em aproximadamente R$ 20 bilhões”, afirmou Aurélio Valporto, vice-presidente da Aidmin. A entidade afirmou ao Estadão/Broadcast que não está aberta à arbitragem, mecanismo para solucionar conflitos previsto no estatuto da petroleira.

Após a Petrobrás divulgar o acordo bilionário para encerrar ações contra a empresa nos EUA por conta da corrupção na estatal, a Aidmin adicionou um novo pedido na ação judicial movida pelos minoritários brasileiros contra a empresa: de que o dever de reparação dos danos aos investidores brasileiros seja baseado nos mesmos parâmetros adotados nos EUA. O argumento utilizado para o pedido é o princípio da isonomia.

“Não há dúvidas de que esse novo acordo celebrado torna ainda mais grave a já insustentável situação dos acionistas e investidores brasileiros da Petrobrás, que permanecem sem a devida reparação de seus prejuízos e agora são forçados a observar, mais uma vez de mãos atadas, a destinação de fatia robusta do patrimônio da sociedade ao território estrangeiro, para tapar o rombo sofrido pelos investidores apenas dos Estados Unidos”, diz o documento enviado à 6.ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo.

“Se não estender o acordo aos acionistas que compraram as ações no Brasil, a Petrobrás demonstrará que não tem nenhuma consideração por seus acionistas, apenas teme a Justiça americana”, afirmou Valporto. (...)