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IBGE: negros ganham 31% menos que brancos e sofrem para arrumar emprego

Adivinhe quem compõe a maioria entre os 10% mais ricos...
publicado 06/11/2019
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Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançam ainda mais luz sobre o racismo estrutural no Brasil.

O levantamento mostra que trabalhadores negros enfrentam mais dificuldades para encontrar um emprego na comparação com trabalhadores brancos, mesmo quando possuem a mesma qualificação. Quando trabalham, recebem até 31% menos: a renda média domiciliar per capita dos pretos ou pardos foi de R$ 934 em 2018; a dos brancos, de R$ 1846.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos também é superior àquela entre os brancos, em todos os níveis de instrução: entre os que têm ensino superior completo, a taxa de desemprego é de 5,5% para os brancos e de 7,1% para pretos e pardos; na faixa com ensino médio completo ou superior incompleto, os brancos têm taxa de desemprego na casa de 11,3%, contra 15,4% dos pretos e pardos.

E quando as pessoas conseguem um emprego? A desigualdade persiste.

Em 2018, trabalhadores brancos ocupados tinham rendimento por hora superior ao da população preta ou parda em todos os níveis de educação. Entre aqueles com ensino superior completo, por exemplo, os dados apontam que os brancos recebiam R$ 32,80, 45% a mais que os pretos e pardos, que ganhavam R$ 22,70.

Entre os 10% com maior renda domiciliar per capita, 70,6% eram brancos e somente 27,7% eram pretos ou pardos.

Vale lembrar que na população em geral os pretos e pardos são maioria, 55,8% dos brasileiros.

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