Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / Governadores do Nordeste rebatem Bolsonaro: fique em casa

Governadores do Nordeste rebatem Bolsonaro: fique em casa

Consórcio Nordeste lança campanha e forma um comitê científico
publicado 31/03/2020
Comments
Capturar.png

Os nove governadores do Consórcio Nordeste reforçaram a recomendação para que os moradores da região não saiam de casa em meio a pandemia provocada pelo coronavirus.

Em vídeo divulgado, o grupo cita a Itália como exemplo a não ser seguido.

O texto da peça rebate argumentos do presidente Jair Bolsonaro, que defende o chamado isolamento vertical, ou seja, só de idosos e pessoas com doenças preexistentes.

Comitê científico

Os nove governadores oficializaram na segunda-feira (30/03) a formação de um comitê científico para auxiliar os gestores da região na tomada de decisões sobre as ações de enfrentamento à crise decorrente do novo coronavírus.

O grupo de trabalho (GT) contará com apoio do cientista Miguel Nicolelis e do físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende, que fez parte do segundo mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

 O comitê foi idealizado pelo presidente do consórcio, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e terá a primeira reunião hoje, por videoconferência. Além de Nicolelis e Rezende, que coordenarão o GT, integrarão o chamado "Comitê Científico do Consórcio Nordeste" médicos, cientistas, físicos e pesquisadores brasileiros reconhecidos internacionalmente.

Indignados

Na sexta-feira (27/03), os governadores da região divulgaram uma carta aberta e manifestam “profunda indignação” com a postura do governo federal diante das ações para conter a pandemia do novo coronavírus. Segundo os gestores, a União contraria a orientação de entidades, que indicam o isolamento social como melhor forma de conter a doença, e promove campanhas contra a quarentena. “Este tipo de iniciativa representa um verdadeiro atentado à vida”, afirmam.

A carta foi redigida e assinada pelos nove governadores, depois de uma reunião por videoconferência. Os gestores também exigiram “respeito por parte da Presidência da República”, esperando que “cessem, imediatamente, as agressões contra os governadores, assumindo-se um posicionamento institucional, com seriedade, sobre medidas preventivas”.