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Bancos lucram 17 bi em três meses!

JB: agiotagem no Brasil não tem igual no mundo!
publicado 25/04/2018
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Do PiG Cheiroso:

Grandes bancos devem lucrar R$ 16,9 bilhões


(...) os grandes bancos brasileiros devem manter a rotina e registrar mais um trimestre de lucros em alta. O resultado combinado de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil deve atingir R$ 16,9 bilhões, um avanço de 8,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado, conforme a projeção média de analistas.

Embora se trate de um resultado expressivo, o ritmo de crescimento será menor em relação ao que se viu nos últimos trimestres, à medida que a queda da taxa básica de juros (Selic) mostrar os primeiros sinais de pressão nas margens.

Os bancos têm resistido a baixar os spreads - diferença entre as taxas de captação de recursos e a dos juros dos empréstimos. Mas a redução da Selic deve começar a se fazer notar com a renovação das operações de crédito, segundo o Goldman Sachs. No entanto, os analistas do banco esperam que esse impacto seja minimizado com uma mudança na composição dos financiamentos. As instituições financeiras têm priorizado linhas de pessoas físicas, que em geral possuem spreads maiores. (...)

Também do PiG Cheiroso:

Juro baixo demora a fazer efeito na economia


O Banco Central está confiante que os cortes de juros estão cumprindo o papel de estimular a economia. (...) Autoridades do BC tem repetido essas mensagens em encontros fechados e abertos com investidores, muitos dos quais estão céticos sobre o ritmo da retomada. (...)

Parece um debate apenas de especialistas, mas há repercussões práticas: se os juros não surtiram efeito para recuperar a economia da maior recessão em décadas, o Comitê de Política Monetária (Copom) teria que cortar mais. O BC defende a eficácia dos juros justamente quando anuncia que, em junho, pretende fazer uma pausa na distensão monetária. "Os juros estão funcionando, mas não resolvem tudo", diz um ex-diretor do BC. (...)

Os juros afetam a economia por diversos caminhos, entre os quais os especialistas costumam destacar o chamado "canal intertemporal". Quando o BC corta os juros, o crédito fica mais barato e incentiva as famílias a tomar empréstimos para comprar imóveis e bens duráveis. Juros mais baixos também incentivam empresas a investirem.

Os economistas têm debatido se os bancos repassaram aos clientes os cortes da Selic. No relatório de inflação, o BC conclui que os juros bancários a pessoas físicas caíram de forma consistente desde outubro de 2016, acumulando recuo de 18,3 pontos percentuais, em linha com ciclos anteriores. Também conclui que as concessões reagem da forma esperada. (...)

E no Jornal do Brasil:

Santander lucra 27% no país


“O que podemos fazer por você, hoje?”, o slogan do espanhol Santander nunca foi mais atual e comporta várias respostas. Uma delas seria reduzir juros no Brasil e moderar os lucros, que somaram no primeiro trimestre R$ 2,054 bilhões (677 milhões de euros) crescendo 10,7% no primeiro trimestre, o que ampliou de 26% para 27% a fatia dos ganhos da filial brasileira no resultado global (2,054 bilhões de euros), a despeito da economia brasileira ter crescido praticamente zero no trimestre. A Espanha ficou com 18% e o Reino Unido, com 13% dos lucros.

Outra, seria ampliar os empréstimos. No balanço expresso em euros (que valorizou 19,18% diante do real desde março de 2017) os empréstimos às grandes empresas brasileiras encolheram 3%, no mesmo período.

Os dados da filial brasileira do Santander, mais uma vez, se destacam no grupo. Nenhum país apresenta resultado tão expressivo. E nenhum também ostenta juros tão elevados. O argumento habitual dos bancos, de que os juros são elevados devido à inadimplência (e não o contrário, de que a inadimplência é gerada pelos juros elevadíssimos), é enfraquecido no próprio balanço global do banco espanhol. Na terra da matriz, o banco comandado por Ana Botin, tem índice de inadimplência de 6,27%, ainda causado pela absorção do Banco Popular. Em Portugal, a inadimplência chega a 8,29%, puxada por operações imobiliárias.

No Brasil a inadimplência desceu de 5,36%, em março de 2017, para 5,26%. O banco teve redução de 8,16% para 5,02% (em euros) no custo da captação dos recursos, o que elevou em 17% as margens dos juros. Os ganhos nas tarifas aumentaram 17% no período, sendo que as receitas nas mensalidades dos cartões de crédito cresceram 20% e nas contas correntes o crescimento foi de 16%. A inflação do período foi de 2,8%.

Mas as operações do banco no país ficaram concentradas nas pessoas físicas e nas modalidades de crédito com juros mais altos. O crédito ao consumidor aumentou 25,6%, concentrado nos cartões de crédito (expansão de 25%) e no crédito pessoal consignado. Os empréstimos habitacionais cresceram 9,7%. No mercado de financiamentos a veículos houve avanço de 23,6%. Levantamento do Banco Central entre os dias 4 e 10 de abril, mostrou que os juros do Santander no financiamento de veículos eram de 21,14% ao ano, a 20a taxa mais alta entre 40 instituições. Perdia para os juros mais baixos do Banco Volkswagen, do Bradesco, da Bradesco Financeira, do Safra, e do Itaúcard, ficando à frente do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Na Espanha, o financiamento de automóveis está em 4% ao ano.

No rotativo do cartão de crédito, o Santander também tinha taxa de 242,85% ao ano, contra 6,5% ao ano na Espanha e Europa em média. Já no crédito pessoal não consignado sua taxa de 76,41% ao ano era a 31a numa lista de 69 instituições financeiras, com juros acima dos do BB e CEF, mas menores que os de ItaúUnibanco e Bradesco. A Crefisa cobrava 699,02% ao ano. (...)
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