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JB denuncia a agiotagem legalizada!

Cliente do Itaúúú no Brasil paga num mês o que o do Paraguai paga no ano!
publicado 02/04/2018
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Setubal (E) e Moreira Salles: iam em cana... no Paraguai!

O Conversa Afiada compartilha, aqui, trechos da série de reportagens "Agiotagem Legalizada", publicada pelo Jornal do Brasil nos últimos quatro domingos:

Santander cobra 1.791% mais


O Banco Santander (...) cobra em empréstimos, até 20 vezes mais de seus clientes brasileiros, quando comparado aos da clientela espanhola. E, por esse motivo, o Brasil foi o país que mais contribuiu para o lucro mundial do banco espanhol em 2017: foram R$ 10 bilhões, ou cerca de 2,5 bilhões de Euros, que representaram 26% dos ganhos do Santander em de seu lucro global do ano passado.

Enquanto o Brasil vive a sua mais profunda recessão econômica, o oligopólio bancário que atua no Brasil (quatro famílias controlam 60% do mercado) proporcionou ao Santander um crescimento de 42% em 2017, não só por operações de crédito, mas, também, pelos ganhos em taxas e serviços que atingiram o inacreditável valor de R$ 3,8 bilhões. Taxas que o cliente, muitas vezes, é obrigado a pagar, sem autorização. Debita-se na conta corrente e depois não tem a quem reclamar. (...)

Agiotagem legalizada 2: Cliente Itaú no Brasil paga em um mês o que o do Paraguai paga no ano


Cansado de pagar juros mensais de 8,77% a 13,40% (174,34% a 352,12% ao ano) no cartão de crédito Itaú? Quer pagar bem menos? Que tal, 13,35% ao ano para um cartão da própria bandeira do Itaú, o maior banco privado da América Latina? (...) Basta uma visita a uma das agência do Banco Itaú em qualquer cidade do Paraguai.

Lá, o Itaú usa o mesmo slogan que bombardeia os espectadores diariamente na TV. Só que o “Feito para você”, vira “Hecho para vos”. Tem a mesmo logomarca da @ com o I imaginário no meio. Mas a realidade é muito melhor do que sonha a nossa vã imaginação. Lá, o Itaú usa o mesmo slogan que bombardeia os espectadores diariamente na TV. Só que o “Feito para você”, vira “Hecho para vos”. Tem a mesmo logomarca da @ com o I imaginário no meio. Mas a realidade é muito melhor do que sonha a nossa vã imaginação. (...)

Agiotagem legalizada 3: no Bradesco, juro alto gera alta inadimplência


(...) No ano passado, o lucro de R$ 19 bilhões do Bradesco, já incluindo o resultado do HSBC, incorporado em 2016, cresceu 11%. Para uma economia que evoluiu só 1%, após dois anos de profunda recessão, o resultado refletiu a disparidade entre o setor financeiro e o produtivo. (...)

O Bradesco depende muito da sua clientela do mercado de cartões de crédito, do qual tem participação direta e indireta de quase 30%. A questão é que as taxas de juros cobradas no cartão de crédito rotativo regular estão entre as mais altas do mercado divido entre os cinco bancos do oligopólio bancário (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander, incluindo duas subsidiárias do Itaú e duas do Bradesco). E o resultado da cobrança de juros altos é que o índice de inadimplência no rotativo dos cartões de crédito em situação regular chegou a 6,2% em dezembro de 2017 no Bradesco. A alegação dos bancos brasileiros é de que os juros são altos porque há muita inadimplência. (...)

Agiotagem legalizada 4: Juros de BB e CEF estão entre os mais altos do país


(...) Pouca diferença faz para o consumidor ou empresário entrar numa porta giratória de um banco público federal ou privado. A sensação de agiotagem oficial é a mesma. Com a inflação estimada pelo Banco Central para este ano em 3,5% e os juros básicos da taxa Selic (piso da captação dos bancos) em 6,5% e que deve cair a 6,25% em maio, o sistema bancário (público e privado) segue ignorando a angústia das famílias endividadas e as atribulações dos pequenos, médios e grandes empresários para equilibrar as contas em meio a juros abusivos.

O BC ficou sempre atrás da queda da inflação ao baixar os juros básicos e ainda foi passivo, esperando que os bancos reduzissem os juros (e os lucros). Vamos ver se, com a redução de 37,5% nos compulsórios dos bancos, consegue um choque de liquidez no mercado, reanima a economia e evita nova onda de desemprego. (...)
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