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Rafael Braga deixa prisão no Rio

"Quero agradecer todo mundo que luta por mim"
publicado 16/09/2017
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Da Ponte Jornalismo:

Rafael Braga deixa prisão e sorri: ‘Quero agradecer todo mundo que luta por mim’


O ex-catador de latas Rafael Braga deixou, às 16h30 desta sexta-feira (15/09), o Sanatório Penal, próximo à Penitenciária Alfredo Tranjan (Bangu II), na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde cumpre pena. Com tuberculose, ele poderá ser tratado na casa de sua família, na favela Vila Cruzeiro, na Penha, também na Zona Norte.


Na quarta-feira (13), o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Rogerio Schietti, concedeu liminar para que o ex-catador tivesse direito a prisão domiciliar. Ele atendeu a um pedido de habeas corpus da defesa de Rafael, representada pelo DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos), com base no fato de que o rapaz está bastante debilitado em função da doença e o sistema prisional, que passa por uma epidemia de tuberculose, não pode oferecer condições adequadas para tratamento. Foi expedido ontem (14/09) o alvará de soltura, para que ele fosse liberado hoje.

A Ponte acompanhou Rafael até em casa. No trajeto, ele disse como se sentia feliz em ir pra casa, mesmo sabendo que não está livre. "Só de sair já faz muita diferença", diz. "Tô muito feliz e quero agradecer todo mundo que luta por mim", sorri. Em um envelope pardo, ele traz medicamentos que uma médica do Sanatório Penal lhe deu antes de ele deixar a unidade. (...)

Em tempo: Rafael Braga foi agredido por policias militares e preso durante os protestos de junho de 2013, acusado de portar ingredientes para montar um coquetel molotov.

Na sua mochila, havia apenas uma garrafa de água sanitária e outra de desinfetante Pinho Sol.

Rafael era o único preso das manifestações de 2013.

Em janeiro de 2016, já em regime aberto, Rafael foi abordado por policiais próximo à casa de sua mãe, na favela da Vila Cruzeiro, zona norte do Rio. Os PMs afirmam que Rafael tinha relações com o tráfico de drogas.

Apesar de depoimentos contraditórios dos policiais, o TJ-RJ condenou Rafael a onze anos de prisão. Desde então, movimentos populares realizaram uma série de atos contra a prisão e condenação.

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