Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Podcast: MPF, PF e Justiça são cúmplices da Globo

Podcast: MPF, PF e Justiça são cúmplices da Globo

Para eles, a Globo do J. Hawilla não vem ao caso!
publicado 31/07/2018
Comments
e35dbcc7-a4ff-4260-82d7-94fd747d5827.jpg

Olá, tudo bem?

Esse podcast é sobre a cumplicidade do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça com os crimes da Globo Overseas, essa empresa que tem sede na Holanda, para subornar dirigentes da FIFA e ter a exclusividade sobre a seleção brasileira.

 Sim, amigo navegante, a palavra é cumplicidade.

A menos que se prove que é uma fraude o livro “O Delator - a história de J. Hawilla, o corrutor devorado pela corrupção no futebol”, de Allan de Abreu e Carlos Petrocilo, editado pela Record (pela Record!).

 Se for uma fraude, breve a Globo Overseas e os herdeiros de Hawilla botarão os autores na cadeia e fecharão a Record!

 Se não, vale falar de… cum pli ci da de!

 Vamos extrair alguns tópicos apenas do capítulo “A relação com a Globo”.

 - Hawilla negociou com Ricardo Teixeira (soltinho da Silva, em São Conrado, no Rio) e o diretor da Globo Marcelo Campos Pinto (onde anda ele?) e o Governo Fernando Henrique para entregar à Globo o campeonato brasileiro e o Clube dos 13;

 - Ricardo e Marcelo foram a Zurich na Suíça acertar um “imbróglio grave”.

 A Globo tinha subornado a empresa de marketing ISL com US$ 45 milhões para ficar com a Copa de 2002.

 A Globo depositou o dinheiro numa conta “paralela” da ISL.

 Onde ficava o Caixa Dois com que a ISL subornava a cartolagem.

 Só que a ISL quebrou.

 Ricardo interveio (ele e o sogro, Havelange, também beneficiados pela generosidade da ISL) e tudo se resolveu – para a Globo.

 - Ricardo desempenhou papel fundamental para que a Globo tivesse exclusividade nas Copas de 2010 e 2014, mesmo depois de a RecordTV oferecer à FIFA US$ 100 milhões a mais que a Globo.

 US$ 100 milhões a mais.

 E a FIFA achou melhor dar a exclusividade à Globo!

 A FIFA foi esbulhada em US$ 100 milhões, mas, alguém, alguém, embolsou uma grana gorda, não é isso?

 Que colosso!

 - As relações entre a Globo, Marcelo e a CBF se mantiveram inalteradas nas republicanas gestões de José Maria Marin (encarcerado em Nova York) e Del Nero (que não pode por os pés fora do Brasil).

J. Hawilla negociou uma delação premiada com o FBI e a Justiça americana e passou a gravar todas as conversas que mantinha com cartolas e passava tudo ao FBI.

 Antes de voltar ao Brasil, à espera da pena a que seria condenado.

 Ele morreu em São Pulo, podre de rico, em 25 de maio de 2018.

 Um sócio argentino de Hawilla, Alejandro Burzaco também cuspiu os feijões para Justiça americana.

 Ele e Hawilla subornavam sistematicamente o patife do Julio Grondona, presidente da Conmebol, para que a Globo tivesse a exclusividade nos jogos da Copa América.

(Grondona também está convenientemente morto.)

 O que Hawilla contou ao FBI?

 O FBI sabe.

 O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça brasileira parecem não querer saber.

 Mas, o FBI vem atrás da Globo, cedo ou tarde, como revelou o Luiz Carlos Azenha, em entrevista à TV Afiada, ele que é um dos autores do também revelador “O lado sujo do futebol”, com Amaury Ribeiro Jr, Leandro Cipoloni e Tony Chastinet.

 A Globo não escapará.

 A Copa da Rússia foi seu requiem, seu “alô, amigos”… bye, bye!

 A Globo não terá a exclusividade da Copa de 2022 no Catar.

 Porque o presidente da FIFA não quer dormir na cama de baixo do beliche em que dormirá um dos filhos do Roberto Marinho, ao lado do Marin, que ronca muito...