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Ministro (sic) acha que gasta demais com Universidades...

Ministro (sic), compare com outros países, ministro (sic)
publicado 29/05/2019
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Créditos: Jota Camelo

Da GaúchaZH:

O Brasil gasta demais com universidade pública? Veja números e comparação com outros países


Em recente sessão na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, sugeriu que o Brasil gasta muito em educação, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), atribuindo isso "a um aumento nas universidades federais":

— A educação básica ficou de lado, o ensino profissional ficou largado e os demais gastos, que são repasses, também aumentaram pouco.

De fato, o Brasil gasta em educação um percentual ligeiramente maior do PIB — cerca de 6% — do que a média dos países ricos. No entanto, isso acontece porque o PIB per capita brasileiro é baixo. Ou seja, precisamos fazer um esforço maior de investimento para, mesmo assim, ficar aquém do que outros países realizam.

Dentro dos gastos totais em educação, no entanto, o investimento em Ensino Superior representa uma fatia modesta. O governo tem insistido na afirmação de que o Ministério da Educação (MEC) gasta mais com as universidades do que com a educação básica, o que é verdadeiro, mas isso deixa de lado o fato de que o grosso do investimento no ensino primário e secundário é feito por Estados e municípios, com quem está essa responsabilidade. No cômputo geral, segundo o relatório Education at a Glance (de 2018, a partir da análise de dados dos anos de 2015 e 2016), o investimento nacional no Ensino Superior corresponde a 1% do PIB.

— E a maior parte do financiamento público está indo para o que é bom. Afinal, o que o MEC financia? Financia as universidades federais, que são melhores do que as particulares, e financia as bolsas de pós-graduação de todos os setores, que formam gente mais qualificada. É um gasto mais qualificado — prega Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação.


Reprodução

(...) Apesar de a universidade federal ter crescido e do discurso de que o governo gasta demais no setor, o Brasil ainda é um país com presença tímida do Ensino Superior público, quando se faz a comparação com a maior parte das nações desenvolvidas. Conforme dados do Censo da Educação Superior de 2017, só 24,7% dos universitários brasileiros estavam matriculados em uma instituição governamental (somando federais, estaduais e municipais). A proporção é bem mais expressiva em países como Eslováquia (95%), Austrália (94%), Polônia (93%), Hungria (90%), Suécia (87%), Noruega (84%) e Estados Unidos (67%).

— O investimento que o governo brasileiro faz por aluno no Ensino Superior é baixíssimo, quando se considera que quase 80% estão na rede privada e não vai muito recurso para esses daí. E quando se olha só para as públicas, ainda é um investimento mais baixo do que o de países ricos — afirma Sérgio Franco, coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ex-presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior. (...)

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