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Mandetta: médicos que indicam cloroquina devem se responsabilizar

Ainda não há pesquisas suficientes
publicado 07/04/2020
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(Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta terça-feira 7/IV que não pode recomendar o uso amplo da cloroquina em casos de coronavírus, mas afirmou que os médicos têm autonomia para receitar o medicamento, desde que se responsabilizem pela prescrição.

"A prescrição médica no Brasil, a caneta e o CRM do médico, está na mão dele. Se ele quiser comunicar o paciente dele, 'olha, não tenho nenhuma evidência, acho que poderia usar esse medicamento, com tal risco, pode ter isso, e se ele se responsabilizar individualmente, não tem óbice nenhum", disse o ministro em entrevista coletiva em Brasília.

"Mas para que nós possamos, no Ministério da Saúde, assinar que o Ministério da Saúde recomenda que se tome essa medida, precisamos de um pouco mais de tempo para saber se isso pode ser considerado uma coisa boa ou se tem efeito colateral", prosseguiu.

Mandetta solicitou ao Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestações e observações sobre o uso. "E o Conselho Federal de Medicina é quem fala ok ou não ok", disse.

Cabe destacar que ainda não há pesquisas suficientes que sustentem a validade do uso sem riscos da cloroquina nos casos de Covid-19.

Em tempo: as secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 18h40 desta terça, 14.018 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 686 mortes. O mais recente balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta tarde, aponta 13.727 casos confirmados e 667 mortes.