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Haddad: sexo e religião são temas recorrentes do discurso fascista

"A indignação com a obscenidade é uma fina racionalização"
publicado 08/02/2020
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O ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência em 2018 pelo PT, Fernando Haddad, analisa em sua coluna semanal na Folha de S.Paulo o que há por trás do discurso e da propaganda que tentam legitimar o fascismo.

"O discurso fascista viola os tabus que foram impostos ao cidadão 'comum', refletindo-o. Já o líder fascista é levado a sério justamente porque, pela desinibição, arrisca-se a passar por tolo — o que o distingue e pelo que é recompensado. Ele verbaliza o que seus seguidores pensam e sentem, mas não podem exprimir. O fascismo não é, portanto, o resultado de uma hipnose de massa ou mera manifestação do inconsciente. Sua sobriedade cínica denuncia a participação exagerada do 'eu' de cada um dos seus seguidores", escreve Haddad.

Nesse contexto, "sexo religião são temas recorrentes do discurso fascista. A indignação com a obscenidade nada mais é do que uma fina racionalização, propositalmente transparente, do prazer que histórias escandalosas proporcionam aos ouvintes. A religião, por sua vez, é invocada para ser colocada a serviço da atitude ritualística do fascismo que dispensa qualquer conteúdo dogmático específico. O fascismo se interessa pelo 'corpo', não pelo 'espírito' da religião", completa.

Leia a íntegra na Folha.

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