Direita europeia quer expulsar amigo de Bolsonaro

Bolsonaro cumprimenta o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán em encontro em Brasília, 2/I/2019 (Créditos: Marcos Corrêa/PR)
Do Opera Mundi:
Direita Europeia avalia expulsar partido xenófobo de Viktor Orbán
O braço-de-ferro entre Bruxelas e Budapeste ganhou um contorno dramático nesta semana. O Partido Popular Europeu (PPE), o maior grupo político do Parlamento Europeu, que reúne a direita e centro-direita do bloco, lançou oficialmente o processo de expulsão do Fidesz, partido do primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, que está em seu terceiro mandato consecutivo. A questão, que será discutida no dia 20 de março, deve elevar ainda mais a tensão com o governo de Orbán. Para os cristãos-democratas, que representam a maioria no PPE, o líder autocrático da Hungria continua desrespeitando o Estado de Direito.
No poder desde 2010, o Fidesz viola os valores europeus ao promover sua política anti-imigração. Entre as medidas autoritárias, Orbán criou um sistema judicial paralelo, acabou com a independência do Judiciário e limitou a liberdade de expressão no país. Em setembro passado, o Parlamento Europeu abriu um processo contra a Hungria por violação dos direitos fundamentais. A partir desta ação inédita, Budapeste corre agora o risco de perder seu direito de voto no Conselho da União Europeia.
(...) As declarações extremistas do populista Viktor Orbán tem provocado prejuízos no Partido Popular Europeu, que não quer arriscar perder votos dos eleitores. Muitos deles não estariam dispostos a votar na legenda por causa da presença do Fidesz. (...)
Em tempo: Bolsonaro recebeu Orbán em sua posse, no dia 1o de janeiro - ocasião em que o confundiu com o Mike Pompeo...
O presidente brasileiro afirmou as similaridades entre os dois durante o Fórum de Davos: “Trocamos impressões sobre migração e temos a mesma opinião. (...) Eu e Viktor Orbán estamos lutando na Europa contra a imigração ilegal”
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