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Desmatamento em terras indígenas cresce 74% em um ano

Pará concentra a maior parte da devastação
publicado 28/11/2019
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Operação do Ibama contra derrubada ilegal de árvores nobres na Terra Indígena Cachoeira Seca, Pará, março de 2018 (Créditos: Vinícius Mendonça/Ibama)

Em outubro deste ano, o Conversa Afiada tratou sobre o aumento de casos de crimes contra terras indígenas - inclusive com o emprego de milicianos armados, especialistas em invasão de áreas protegidas, grilarem e derrubada de árvores nobres.

Segundo levantamento do sistema de monitoramento PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia cresceu 29,5% entre agosto de 2018 e julho de 2019.

No mesmo período, as terras indígenas perderam 423,3 km2 de área de floresta - um aumento de 74%, de acordo com reportagem do G1.

As terras indígenas representam 4% de toda a área devastada na Amazônia entre agosto de 2018 e julho deste ano. O estado do Pará concentra as cinco reservas mais atingidas pelo desmatamento - ou seja, 75% de todas a área devastada.

A área mais afetada é a terra indígena Ituna-Itatá, na Bacia do Xingu. A região, habitada por índios isolados do grupo Igarapé Ipiaçava, perdeu 119,92 km2 de cobertura vegetal - o que corresponde a 28,33% de todo o desmate nas reservas indígenas do Brasil.

Em tempo: nesta quarta-feira 27/XI o Tribunal Penal Internacional recebeu uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro por sua omissão em relação às queimadas na Amazônia e por incitar a violência contra populações indígenas.

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