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Bolsonaro vai exaltar o Golpe de 1964 em livros didáticos

Ministro (sic) da Educação diz que não houve ditadura
publicado 03/04/2019
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De Fabio Murakawa e Carla Araújo, no PiG cheiroso:

Vélez: Didáticos serão mudados para resgatar visão do regime militar


Em entrevista ao Valor, nesta quarta-feira (3), o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que "haverá mudanças progressivas" nos livros didáticos para que "as crianças possam ter a ideia verídica, real", do que foi a sua história. Referia-se à maneira como o golpe militar de 1964 e a ditadura são retratados, hoje, nas escolas.

Vélez discorda dessas duas premissas: para ele, não houve golpe em 31 de março daquele ano nem o regime que o sucedeu foi uma ditadura.

"A história brasileira mostra que o 31 de março de 1964 foi uma decisão soberana da sociedade brasileira. Quem colocou o presidente Castelo Branco no poder não foram os quartéis", disse. "Foi a votação no Congresso, uma instância constitucional, quando há a ausência do presidente. Era a Constituição da época e foi seguida à risca. Houve uma mudança de tipo institucional, não foi um golpe contra a Constituição da época, não."

Sobre o regime militar, que perdurou até 1985, ele afirmou que surgiu "de uma composição e de uma decisão política [...] em que o Executivo chamou a si mais funções".

Regime necessário

"Foi um regime democrático de força, porque era necessário nesse momento", afirmou. Segundo Vélez, caberá aos historiadores fazer "a reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que fomos, do que somos e do que seremos".

"Haverá mudanças progressivas [nos livros didáticos] na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla", afirmou. "O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história."

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