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Apuração da PF sobre vazamento é um tapa na cara de Bolsonaro e Salles

Ainda vão culpar o Greenpeace e a Venezuela?
publicado 01/11/2019
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(Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A indicação da Polícia Federal de que o navio Bouboulina, de bandeira grega, é o responsável pelo vazamento de óleo que castiga o Nordeste brasileiro contradiz por completo as bravatas de Jair Bolsonaro e de seu ministro do 1/2 ambiente, Ricardo Salles.

Bolsonaro, em outubro, disse que tinha "quase certeza" de que o derramamento seria criminoso.

"O último problema que tivemos: derramamento criminoso, com toda certeza, quase certeza que seja criminoso, na região costeira do Nordeste", afirmou o presidente.

A PF, porém, não concluiu que se trata de um vazamento intencional. Só o que se permite constatar é que ele aconteceu entre 28 e 29 de julho. E, nessas datas, segundo a investigação, o único petroleiro que navegou pela área é o Bouboulina.

Já o ministro do 1/2 ambiente, em declaração que seria cômica se não fosse trágica, insinuou que o Greenpeace estaria por trás do derramamento. Pelo Twitter, sem apresentar qualquer evidência, Salles disse:

"Tem umas coincidências na vida né... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano".

A investigação aponta que o óleo pode ser, sim, de origem venezuelana. Mas não há qualquer indício de que o governo do presidente Nicolás Maduro tenha algum envolvimento. O navio grego simplesmente chegou à Venezuela em 15 de julho, carregou 1 milhão de barris do petróleo tipo Merey 16 cru e depois seguiu em direção a Singapura. O derramamento de óleo, segundo a PF, aconteceu nesse deslocamento.

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