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Após prometer cargo a Regina, governo Bolsonaro propõe fechar Cinemateca

Vai ficar na chuva...
publicado 29/05/2020
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(Redes Sociais)

Via Revista Forum - Em reunião bastante tensa, ocorrida no final da tarde desta sexta-feira (29), em Brasília, entre representantes da secretaria especial da Cultura e Audiovisual e da direção da Fundação Roquette Pinto, foi proposto pelo governo Jair Bolsonaro o fechamento da Cinemateca, segundo Ricardo Feltrin, colunista do UOL.

Espirrada do cargo de secretária da Cultura após processo de fritura, Regina Duarte saiu com a promessa de que iria “coordenar a Cinemateca de São Paulo, como um braço” da pasta na cidade. No entanto, alocar a atriz na Cinemateca já seria problema pela falta de verba e porque a atual administração tem autonomia. Agora, não é só a vaga e o trabalho de Regina que não existem, mas a própria Cinemateca e seu importante podem ser extintos, em um governo que declaradamente odeia a cultura.

Órgão federal responsável pela memória do cinema e audiovisual brasileiro, a Cinemateca é sediada em São Paulo e é gerida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). O governo propôs a rescisão pura e simples do contrato com a fundação, que vai até 2021.

Os representantes da Acerp não só rejeitaram a proposta como já acionaram o conselho administrativo para tomar medidas judiciais, incluindo a cobrança da dívida de cerca de R$ 11 milhões que o governo tem com a entidade.

Segundo a coluna, a proposta do governo prevê simplesmente a rescisão do contrato e o fechamento da Cinemateca, bem como a interrupção de todos os projetos em andamento. A fundação seria obrigada a demitir cerca de 150 funcionários, sem condições de arcar com as rescisões.

Até o secretário de Audiovisual, Heber Trigueiro, da Secretaria da Cultura, defendia o pagamento da dívida e uma transição, para preservar o acervo, o que foi ignorado na proposta do governo. O governo Bolsonaro não disse o que pretende fazer com as centenas de milhares de filmes e gravações e nem como faria a manutenção do acervo.

Enquanto isso, Regina Duarte segue afastada, mas recebendo o salário de R$ 15 mil mensais dos cofres públicos.