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Gilmar, 74% mandam você devolver!

Mas, o Cunha e o Gilmar - gêmeos siameses - querem a grana de empresas em eleição.
publicado 07/07/2015
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


A “voz do povo” só vale para cana, não vale para grana, Deputado Cunha?


Cansei de ouvir, na “revotação” da redução da maioridade penal os deputados da direita enchendo a boca para dizer que a maioria esmagadora da opinião pública era a favor de cadeia para adolescentes.

Os mesmos, quase todos, que aprovaram o financiamento privado das campanhas eleitorais, também numa “revotação” cunhística, vão dizer o quê, agora?

Só 16% são a favor de legitimar a doação de empresas; três quartos são contrários.

A a “opinião pública” vale  pela cana, mas não vale pela grana?

Dinheiro de pessoa física a gente dá como quiser e é tolerável que quem tem mais possa dar mais, até certo limite, desde que isso não seja forma de escapar de impostos.

De pessoa jurídica  – e e empresa não é “pessoa” – não, nem dentro de limites, porque é a usurpação do direito de quem compra produtos e serviços de uma organização e tem seu dinheiro desviado – mesmo legalmente – para candidatos a cargos eletivos que não escolhe.

Quando, no auge das tais “jornadas de junho”, o Governo Dilma apresentou, mas não defendeu, a proposta de financiamento público exclusivo das campanhas, errou grosseiramente e não pode seguir errando agora.

Se a maioria do parlamento, beneficiária deste dinheiro das empresas, não quer, a população quer.

Como se desmoralizariam, se o Governo sai resolutamente para a defesa de suas propostas, as teses de que o PT – e só o PT – foi garimpar dinheiro de favor de empresas para a campanha?

Não é tarde, porém, para retomar a campanha.

Há, para a transformação desta imoralidade em regra constitucional, uma votação do Senado, na qual é hora de fazer cavalo de batalha.

Há, em tramitação no Supremo, uma decisão proibindo o “surucutaco” empresarial nas eleições, sobre a qual Gilmar Mendes continua sentado.

Assumir esta causa é a maior prova de que a política pode e deve se fazer sem dinheiro – legal ou ilegal, mas sempre imoral – de empresas.

E deixar que os “paladinos da moralidade” escancarem que considera imoral apenas o dinheiro que se dá ao PT, enquanto o deles é limpo, puro e generoso.

Mas, para isso, o governo tem de tomar posição, não ficar a reboque, dizendo: “ah, eu preferia que as eleições fossem limpas, mas os deputados, sabe como é…”



E vote na trepidante enquete do C Af:


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