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200 organizações lançam manifesto contra reeleição do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Bolsonaro afronta a tradição brasileira!
publicado 08/10/2019
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(Crédito: Marcos Corrêa/PR)

Um grupo de cerca de 200 entidades brasileiras lançou nesta terça-feira 8 um manifesto contra a candidatura do Brasil à reeleição no Conselho de Direitos Humanos da ONU, segundo o jornal O Globo.

O texto destaca a reprovável atuação do Brasil sob a presidência de Jair Bolsonaro nos fóruns internacionais, com ações que “afrontam a tradição brasileira acumulada há décadas nas relações multilaterais e que sempre caminharam na defesa do universalismo dos direitos humanos.”.

O manifesto ainda aponta que as ações do governo "geram retrocessos na efetivação dos direitos". Trata-se, de acordo com os signatários, de um governo "antiuniversalista” e que "glorifica atrocidades".

Como exemplos, o texto cita o ataque de Bolsonaro a Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, e seus elogios ao Golpe Militar de 1964 e à ditadura que se seguiu a ele.

Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas Direitos Humanos, organização que assinou o manifesto, disse ao Globo que essa ação conjunta é inédita na história do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

"Essa ação não tem precedente na história do Conselho de Direitos Humanos, até porque essa postura do Brasil, seja de um ataque frontal e coordenado contra os direitos humanos e de uma ação tão nociva do Brasil em Genebra, não tem precedente. Esse é um momento muito particular que estamos vivendo".

O Conselho de Direitos Humanos da ONU é composto por 47 países, eleitos para mandatos de três anos, com eleições regionais. O Brasil tenta a reeleição e é um dos três candidatos para duas vagas em aberto para a América Latina e o Caribe. Até semana passada, somente Brasil e Venezuela estavam na disputa, mas a Costa Rica decidiu entrar na corrida e ampliou as incertezas sobre o resultado.

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