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Emídio: oposição quer nova eleição já

zé da Justiça tem que demitir na Polícia Federal
publicado 05/07/2015
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A rejeição pelo TCU (Tribunal de Contas da União) das contas de 2014 do Governo Federal é uma possibilidade que o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, vê como “estratégica” para que a oposição peça o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.

Em 17 de junho, o tribunal deu prazo de 30 dias para que a Presidenta esclareça as chamadas “pedaladas fiscais”. Ao todo, são 13 questionamentos. Nunca antes, a corte votou pela rejeição das contas de um presidente.

“A oposição tem uma estratégia, que é a questão das pedaladas fiscais, que aconteceram no governo deles. Eles querem transformar isso em uma das razões para o impeachment. E a outra é a tentativa de dizer que recursos desviados da Petrobras teriam sido usados na campanha da Presidenta”, afirmou Emídio nesta sexta-feira (3) em entrevista exclusiva a Paulo Henrique Amorim.

“Ela [a oposição] quer aproveitar o momento de desgaste, tirar a Presidenta da República agora junto com o vice Michel Temer para que Eduardo Cunha [presidente da Câmara] assuma. Imagine ele presidente?”, se questiona o petista.

O responsável pelo relatório preliminar que detectou possíveis irregularidades nas contas do primeiro mandato de Dilma foi o ministro Augusto Nardes.

Ele foi investigado na Operação Castelo de Areia, como lembra reportagem de Rodrigo Martins na Carta Capital desta semana. Em documentos apreendidos com executivos da Camargo Correa, o nome de Nardes aparece relacionado a propinas em obras públicas.

Outro caso de ministro do TCU investigado, lembra a publicação, é Aroldo Cedraz. Na verdade, o filho dele, de nome Tiago Cedraz. Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, que é  investigado na Operação Lava-Jato, ele dava uma mesada de R$ 50 mil ao filho do presidente do TCU.

Para Emídio, a tentativa de impeachment “sem base legal” acontece por medo da volta de Lula. “A oposição perdeu quatro eleições seguidas e teme perder uma próxima com a volta do Presidente”, confirma.


Os nove ministros do TCU, partir de CartaCapital:



Aroldo Cedraz – foi deputado pelo antigo PFL de Antonio Carlos Magalhães (hoje DEM) da Bahia. Foi empossado em 2007 por indicação da Câmara dos Deputados.

José Múcio Monteiro Filho
– foi deputado federal pelo PTB de Pernambuco e ministro de Relações Institucionais do governo Lula. Ocupou o cargo de ministro do TCU em 2009.

Bruno Dantas – Assumiu a cadeira no TCU em 2014, com apoio do senador Renan Calheiros.

Ana Arraes – Foi indicada pela Câmara dos Deputados em 2011. Venceu o atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo. É mãe do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Vital do Rego – Assumiu a cadeira no TCU em fevereiro deste ano e teve como principal aliado o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Raimundo Carreiro
– Assumiu o cargo em 2007, após anos como servidor de carreira do Senado.

Walton Alencar Rodrigues – Foi indicado em 1999 pelo Ministério Público. Antes, foi Procurador concursado do próprio Tribunal.

Augusto Nardes – Tomou posse em 2005 após longa trajetória política na Arena, no PDS, PPR, PPB e PP. Pelo último foi deputado.

Benjamim Zymler – A data da sua posse foi setembro de 2001. Ele foi indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso após carreira no próprio TCU



Operação Lava-Jato


Na entrevista, o presidente do PT paulista fez duras críticas a atuação da Polícia Federal nas investigações da Operação Lava-Jato.

“Eu acho que o Governo precisa reagir. Não é possível que a PF use de instrumentos como esse [em referência ao grampo na cela do doleiro Alberto Youssef]. É uma coisa fora do processo democrático. O José Eduardo Cardozo [ministro da Justiça] deveria trocar o comando da Polícia nos estados em que isso aconteceu”, concluiu.


O PT em São Paulo

Na opinião de Emídio, o PT precisa dialogar e divulgar o que fez a frente dos governos federais para a população do estado de São Paulo.

“Provavelmente, na história de São Paulo, nunca o Governo Federal investiu tanto aqui como com Lula e Dilma. Em metrô, rodoanel, programas sociais. Por exemplo, a Companhia de Habitação do Estado (CDHU) criada em 1986 construiu em todos esses anos menos de 500 mil moradias em todo Estado, nos cinco anos do Minha Casa Minha Vida já foram construídas 600 mil no Estado”, enaltece.


Reeleição de Fernando Haddad


“Eu vejo três candidaturas que disputam a mesma faixa: Haddad, Marta Suplicy e Celso Russomano”

“Não vejo a Marta entrando no eleitorado da classe média"