Pronatec forma catadores e moradores de rua

Saiu no Blog do Planalto:

Pessoas em situação de rua se formam em elétrica predial pelo Pronatec

Durante o encontro da presidenta Dilma Rousseff com catadores e população em situação de rua no Natal Solidário, nesta quarta-feira (3), foram entregues certificados a 11 alunos do Pronatec para a População em Situação de Rua (Pronatec Pop Rua). Eles concluíram em novembro o curso de eletricista de instalação predial.

Esta modalidade do programa foi lançada pela Prefeitura de São Paulo em 2013 com o objetivo de criar oportunidades para a inserção da população em situação de rua no mercado de trabalho. Até o final de julho de 2014, foram ofertadas 597 vagas em cursos profissionalizantes, 502 pessoas em situação de rua se matricularam e 212 concluíram os estudos. Entre os cursos ofertados, estão: auxiliar administrativo, eletricista predial, eletricista industrial, mecânico, padeiro, pedreiro, almoxarife, almoxarife de obras, pintor e operador de computadores.

Um aspecto fundamental para o êxito da iniciativa é a parceria com empresas de diversos setores, que oferecem oportunidades de emprego aos alunos egressos do Pronatec PopRua, permitindo aliar a formação profissional ao trabalho formal. Até o momento, 53 pessoas foram contratadas.

O Blog do Planalto conversou com os alunos que receberam os certificados das mãos da presidenta Dilma nesta quarta-feira. O curso de eletricista foi ofertado pelo Senai em parceria com a prefeitura de São Paulo e o Arsenal da Esperança, instituição da sociedade civil que abriga pessoas em situação de rua. Confira os depoimentos de alguns formandos:

“Oportunidade única, porque não é fácil você fazer o curso, especialmente nessas condições. E de repente você tem um curso de elétrica. (…) O Enem é uma ideia que eu e algumas pessoas da casa tivemos para que a gente possa complementar esse curso nosso, complementar esse nosso conhecimento. O Enem vai dar condição de você cursar uma faculdade. A ideia nossa, dentro do curso de elétrica, é fazer ou tecnologia (…) ou mesmo engenharia elétrica.” – Sérgio Gomes Braga

“Eu cheguei no Arsenal em um estado deplorável, né? E fui me envolvendo com os cursos que o Arsenal foi me oferecendo (…) recuperando a parte humana da minha vida. Então deparei com o curso de elétrica pelo Pronatec, descobri nesse curso o sonho da minha vida, porque eu, até então, apesar de estar com 50 anos, eu não compreendia ainda qual era a minha vocação em si. Pretendo fazer o curso superior de elétrica, o curso também de comandos. E o que falta para a gente na realidade é a oportunidade de praticar esse curso que nós aprendemos aqui, a oportunidade de trabalho, nós esperamos. E com isso eu espero sim prosseguir os meus estudos na parte de elétrica, que é aquilo que é o sonho da minha vida.” – Ricardo José Junqueira

“Foi o curso de abertura de várias outras oportunidades. A gente consegue caminhar a partir do primeiro passo. E esse curso foi o primeiro passo para a gente estar engrenando no mercado de trabalho. Ele foi um curso bem interessante, eu consigo hoje exercer a profissão, porque antes eu não tinha conhecimento.” – Diego Silva de Araújo

“Estava trabalhando em uma obra de pintor. Aí, como eu fiquei desempregado, pagando aluguel, eu não arrumei serviço nessa área. Então eu entrei no Arsenal já com esse objetivo… Deu certo, eu aproveitei essa oportunidade de fazer o curso de eletricista e, graças a Deus, eu me dei muito bem. No começo foi um pouco difícil… Para quem nunca fez, tem um pouco de dificuldade, depois o medo acabou. Estou gostando muito da profissão, do serviço. Quando a gente gosta de uma coisa a gente perde o medo e vai à luta.” – Agnaldo Evaristo Dias

“O curso me proporciona uma oportunidade de trabalho no mercado e isso, para uma pessoa que está sem emprego, sem trabalho, a formação é muito importante. Porque você apresentando seu currículo lá fora, que tem a parceria do Pronatec e Senai, isso dá um reconhecimento no mercado de trabalho. Eu acho que as pessoas têm que buscar o Pronatec, têm que buscar se profissionalizar para buscar uma condição melhor de vida, um horizonte melhor.” – Marcos Sampaio

“Trabalhava como operador de máquina injetora de plástico, mas não consegui mais serviço. Meu irmão é eletricista, então resolvi fazer o curso e comecei a tirar notas boas. Foi fascinante, gostei bastante do curso. Abriu um leque de oportunidade para começar a estudar mais sobre o assunto. Pretendo aprofundar em elétrica e fazer outro curso. Pretendo trabalhar nessa. área.” – André Ferreira