Olivetto dá um um show ! BRA ! De BRAvo !
O programa Entrevista Record Atualidade desta segunda feira, às 22h15, na Record News, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, oferece uma aula do Mestre Washington Olivetto.
Ele trata da campanha que fez para o Bradesco e associou, desde as Olimpíadas de Londres, o BRA de Brasil, que aparece na braçadeira dos atletas, ao BRA de BRAdesco.
Ele próprio considera que essa é uma das melhores campanhas que já concebeu.
E olha que Washington conquistou mais de mil prêmios, 50 Leões de Cannes – o Oscar da publicidade mundial - e dois de seus comerciais estão entre os cem maiores comerciais do mundo.
O BRA de Brasil e BRAdesco é um daqueles óbvios memoráveis que acontecem de vez em quando na História da publicidade – é a avaliação do próprio Washington.
Ele expõe as diversas aplicações desse tema “Agora é BRA !” ao cliente – o Bradesco – e seus diferentes produtos.
E como o esporte olímpico se adapta a um banco: a ideia de equipe, de superação, de excelência.
O melhor comercial do Bradesco, diz Washington, é o gerente do Bradesco.
Ele já trabalhou com o Casal Unibanco, na sua agencia, a W/Brasil, com o Itaú, quando era da agencia DPZ e, agora, na WMcCann, o Bradesco seria o ponto alto dessa trajetória.
A entrevista é enriquecida por comerciais que fizeram a história de Washington e da publicidade brasileira: “o primeiro sutiã nunca se esquece”, para a Valisère; e a campanha da Bombril, com o ator Carlos Moreno, um fenômeno: está há 16 anos no ar e já produziu 340 filmes.
Ele conta que o “primeiro sutiã” tem um minuto e meio de duração e foge ao padrão de comerciais de 30 segundos.
Ele ligou para o Boni, na TV Globo, explicou do que se tratava.
Boni viu o comercial e autorizou abrir um espaço três vezes mais longo que o normal.
O “primeiro sutiã” praticamente não tem texto.
E Washington diz que Publicidade – como Televisão – é texto.
Sem texto, você pode fazer o comercial mais bonito, mais cheio de truques, que, se não tiver texto, não cola, não comunica.
Tevê é a mesma coisa, ele acha.
Quem sabe disso, diz ele, é o Boni.
(Nesse ponto, Washington concordou com tese do ansioso blogueiro: Boni é e sempre foi um publicitário, que fez uma televisão que estivesse à altura dos comerciais. Bingo !)
Uma boa campanha publicitária, diz ele, é a que dura.
A que pode ficar cem anos no ar.
Ele admite que a publicidade mundial, depois do auge dos anos 80, vive uma crise de criatividade; mas isso vai passar.
Ele não tem medo da internet.
Um bom comercial, ou uma boa mensagem comercial se aplica a qualquer mídia.
Um bom comercial é o que fala com “a galera”, quando entra na linguagem do povão.
E ele, modestamente, acredita que tem esse atributo.
Por fim, como era inevitável, Washington tratou do Corinthians.
Ele reconhece que o Corinthians não é um Barcelona, mas está feliz por ir à final com o Chelsea.
Paulo Henrique Amorim