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Olivetto dá um um show ! BRA ! De BRAvo !

Sem texto, você pode fazer o comercial mais bonito, mais cheio de truques, que, se não tiver texto, não cola, não comunica.
publicado 11/09/2012
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O programa Entrevista Record Atualidade desta segunda feira, às 22h15, na Record News, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, oferece uma aula do Mestre Washington Olivetto.

Ele trata da campanha que fez para o Bradesco e associou, desde as Olimpíadas de Londres, o BRA de Brasil, que aparece na braçadeira dos atletas, ao BRA de BRAdesco.

Ele próprio considera que essa é uma das melhores campanhas que já concebeu.

E olha que Washington conquistou mais de mil prêmios, 50 Leões de Cannes – o Oscar da publicidade mundial - e dois de seus comerciais estão entre os cem maiores comerciais do mundo.

O BRA de Brasil e BRAdesco é um daqueles óbvios memoráveis que acontecem de vez em quando na História da publicidade – é a avaliação do próprio Washington.

Ele expõe as diversas aplicações desse tema “Agora é BRA !” ao cliente – o Bradesco – e seus diferentes produtos.

E como o esporte olímpico se adapta a um banco: a ideia de equipe, de superação, de excelência.

O melhor comercial do Bradesco, diz Washington, é o gerente do Bradesco.

Ele já trabalhou com o Casal Unibanco, na sua agencia, a W/Brasil, com o Itaú, quando era da agencia DPZ e, agora, na WMcCann, o Bradesco seria o ponto alto dessa trajetória.

A entrevista é enriquecida por comerciais que fizeram a história de Washington e da publicidade brasileira: “o primeiro sutiã nunca se esquece”, para a Valisère; e a campanha da Bombril, com o ator Carlos Moreno, um fenômeno: está há 16 anos no ar e já produziu 340 filmes.

Ele conta que o “primeiro sutiã” tem um minuto e meio de duração e foge ao padrão de comerciais de 30 segundos.

Ele ligou para o Boni, na TV Globo, explicou do que se tratava.

Boni viu o comercial e autorizou abrir um espaço três vezes mais longo que o normal.

O “primeiro sutiã” praticamente não tem texto.

E Washington diz que Publicidade – como Televisão – é texto.

Sem texto, você pode fazer o comercial mais bonito, mais cheio de truques, que, se não tiver texto, não cola, não comunica.

Tevê é a mesma coisa, ele acha.

Quem sabe disso, diz ele, é o Boni.

(Nesse ponto, Washington concordou com tese do ansioso blogueiro: Boni é e sempre foi um publicitário, que fez uma televisão que estivesse à altura dos comerciais. Bingo !)

Uma boa campanha publicitária, diz ele, é a que dura.

A que pode ficar cem anos no ar.

Ele admite que a publicidade mundial, depois do auge dos anos 80, vive uma crise de criatividade; mas isso vai passar.

Ele não tem medo da internet.

Um bom comercial, ou uma boa mensagem comercial se aplica a qualquer mídia.

Um bom comercial é o que fala com “a galera”, quando entra na linguagem do povão.

E ele, modestamente, acredita que tem esse atributo.

Por fim, como era inevitável, Washington tratou do Corinthians.

Ele reconhece que o Corinthians não é um Barcelona, mas está feliz por ir à final com o Chelsea.

 




Paulo Henrique Amorim