Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / Wadih e o "vamos conversar" do Lula

Wadih e o "vamos conversar" do Lula

A Política foi usurpada pelo Judiciário e o MP!
publicado 04/02/2017
Comments
Wadih_Lula.jpeg

Lula pensa a Política de forma superior e transcendente

O Conversa Afiada reproduz gentil resposta de Wadih Damous à pergunta: "como explicar o Lula?"



A exortação de Lula “vamos conversar” dirigida a Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, no hospital onde acompanhava os últimos momentos de D. Marisa, já se tornou objeto de controvérsias.

Alguns amigos meus, simpatizantes do ex-presidente, chegaram a me confidenciar críticas a essa atitude: “poxa, o Lula não se emenda” , querendo dizer que ele não consegue abandonar um pragmatismo que já lhe rendeu – e a nós – diversos dissabores.

Como interpretar a atitude do presidente?

Embora estivesse no hospital, não presenciei o diálogo, do qual só soube pela imprensa. Farei, portanto, algumas especulações.

Pode ter sido mera força de expressão, dessas banalidades ditas do cotidiano, quando encontramos alguém: “me liga”, “vamos bater um papo qualquer dia desses” etc. Não traduziria uma real intenção de “conversar”.

Ou não.

Pode ter expressado um consenso de que a Política está sob a tutela usurpadora por parte do Judiciário e do Ministério Público e é preciso que volte a se impor.

Ou de que a Política virou um cenário de guerra e é necessário ser repactuada.

Ao contrário dos outros interlocutores, Lula pensa a Política de forma superior e transcendente, além de não guardar ódio no coração.

Torço para que a intenção do “vamos conversar” tenha sido essa.

Wadih Damous, deputado federal pelo PT do Rio
e ex-presidente da OAB do Rio

registrado em: ,