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TSE decidirá se "abuso de poder religioso" pode levar à cassação de mandatos

Bolsonaristas se revoltam
publicado 07/07/2020
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(Roberto Jayme/Ascom/TSE)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltará a julgar o caso que pode incluir o “abuso de poder religioso” como motivo para a cassação de mandatos, punição hoje restrita ao abuso de poder econômico e político. À Veja, o ministro Tarcísio Vieira, que pediu vista, confirmou que irá submeter o processo a julgamento em agosto. “Sim, eu pedi vista e já estou estudando a delicada matéria em meu recesso do TSE. A minha ideia é submeter o processo a julgamento o quanto antes, logo no início do mês de agosto”, afirmou.

O caso gerou revolta entre os ultrabolsonaristas, já que o apoio das igrejas, especialmente as evangélicas, foi fundamental para a eleição de Jair Bolsonaro em 2018. "Grupos pentecostais têm indicado nomes para a ocupação de postos-chave no governo. Isso sem contar o crescimento das bancadas evangélicas nos legislativos a nível federal, estadual e municipal", lembra a revista.

A ação em análise do TSE julga um recurso que discute a cassação do mandato da vereadora Valdirene Tavares dos Santos, eleita em 2016 em Luziânia (GO). A pastora é acusada de praticar abuso de poder religioso durante a campanha ao promover suposta reunião no templo de sua igreja, inclusive com apoio de outros pastores da região, para pedir votos aos fiéis.

Segundo o Ministério Público, Valdirene se utilizou de sua condição de autoridade religiosa para influenciar a escolha dos eleitores e intervir no direito constitucional da liberdade de voto.