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Sem Golpe, Dilma vai propor uma repactuação

O Governo lutará até o último minuto
publicado 13/04/2016
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No Estadão:

'Se o governo ganhar, vou propor um pacto; se perder, sou carta fora do baralho', diz Dilma

Em conversa com um grupo de jornalistas nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse estar confiante em uma vitória na Câmara contra o pedido de abertura de processo de impeachment. Caso isso aconteça, Dilma vai propor um amplo pacto nacional com todas forças políticas, inclusive da oposição. Indagada se participaria de um pacto no caso de derrota, Dilma respondeu: “se eu perder sou carta fora do baralho”.


“Digo qual é o meu primeiro ato pós votação na Câmara. A proposta de um pacto, de uma nova repactuação entre todas as forças políticas, sem vencidos e sem vencedores. Seja pós Câmara mas também pós-Senado, sobretudo. No pós senado é que isso será mais efetivo”, disse ela.

De acordo com Dilma, a proposta de repactuação vai se estender a oposição. “A oposição existe”, declarou.

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“O governo vai lutar até o último minuto do último tempo por uma coisa que acreditamos que seja factível que é ganhar contra esta tentativa de golpe que estão tentando colocar contra nós através de um relatório que é uma fraude”, afirmou.

Ela comparou o momento a uma guerra psicológica na qual os dois lados tentam usar os números a seu favor para influenciar os indecisos.

“Nós agora nessa reta final estamos sofrendo e vamos sofrer uma guerra psicológica que tem um objetivo que é construir uma situação de efeito dominó”, disse ela.

Dilma minimizou a saída do PP do governo.

“É muito difícil neste momento você dizer que um partido desembarcou do governo. Tem situações as mais variadas. Os partidos saem do governo e as pessoas ficam”, disse ela.

Dilma não descarto a possibilidade de recorrer ao Judiciário em caso de derrota no Congresso. Ela citou supostas falhas no rito do impeachment em relação ao direito de defesa como possível argumento para a judicialização do caso.

“Não garanto ainda o que nós vamos fazer porque não tenho a avaliação completa do jurídico do governo. Não sabemos se vamos. E se formos, quando”, disse ela.

(...)