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Queiroz e Márcia fraudaram documentos para receber R$ 376 mil em auxílio-educação da Alerj

O fundo do poço não chegou
publicado 03/07/2020
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(Reprodução)

Antes mesmo de estourar o escândalo da “rachadinha”, Fabrício Queiroz e a esposa, Márcia Aguiar, já ocultavam seu endereço em comum e a condição de união estável, a fim de obter benefícios junto à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde o então assessor de Flávio Bolsonaro operava.

Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência e publicados pela revista Época mostram que o casal chegou a receber R$ 376.300 entre 2007 e 2018 graças a essa omissão. Sem a fraude de documentação, eles teriam direito a cerca de metade disso.

"Nos dez anos em que ganhou salário de consultora parlamentar do gabinete de Flávio (de 2007 a 2017), enquanto desempenhava a profissão de cabeleireira, Márcia pediu o auxílio-educação da Alerj para custear os estudos de seus filhos. Naquele período, só era permitida a concessão do benefício a três filhos por casal. Como ambos tinham, juntos, seis filhos, ocultaram a união estável e registraram endereços diferentes para receber o dinheiro para os seis. Em 2011, quando a Alerj verificou que Nathália, uma das filhas de Queiroz, recebia o benefício como sua dependente mesmo sendo servidora de Flávio, foi determinado que ele devolvesse o que havia recebido ao longo dos anos — cerca de R$ 17 mil", informa a Época.

Em processo administrativo da Alerj, Queiroz foi questionado se vivia com Márcia, já que os dados mostravam que eles tinham um filho em comum. Para não devolver o dinheiro, o casal enviou declarações, a despeito de toda a vida pública que tinham, negando viver em união estável.