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Quando o Governo tirou o tapete do PT

O que dirá o Lula?​
publicado 25/02/2016
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bessinha dilma com bico

O Padim Pade Cerra e Renan rasgaram todos os procedimentos regimentais e, num Golpe Parlamentar, conferiram o regime de “urgência urgentérrima” ao projeto do Cerra de entregar o pré-sal à Chevron, como atesta o WikiLeaks.

O Governo Dilma não tinha dado um único telefonema para ajudar a resistência heroica do Requião e do Lindbergh no plenário.

Aprovada a “urgência urgentérrima, vamos salvar a Chevron, já”, a matéria foi a votação no Senado, nessa trágica quarta-feira 24 de fevereiro (Getúlio se matou num dia 24, de agosto…).

Lindbergh e Requião estavam convencidos de que, se o Palácio entrasse em campo, conseguiriam reverter alguns votos da véspera e ganhar, apertado.

Lindbergh e Requião já sabiam que não podiam contar com dois senadores petistas: Walter Pinheiro, da Bahia, e Jorge Viana, do Acre, que sumiram na poeira da História.

Será difícil reencontrá-los.

Começa a batalha.

Senadores sobem ao púlpito para falar.

O Palácio no telefone, instigado por Lindbergh e Requião.

Faltava pouco para virar o resultado da véspera.

De repente, sem que ninguém saiba por que, o Palácio para de operar.

Não telefona para mais ninguém.

Requião e Lindbergh perdem o contato.

Começam a trabalhar sem o GPS político do Executivo.

E os oradores discursam.

De repente, outro traíra, da categoria do Renan, o Romero Jucá sobe à tribuna e diz que tinha acabado de fazer um acordo com o Governo!

Entregar o pré-sal à Chevron do Cerra e conceder à Petrobras o direito de se ajoelhar – se preferir, pode adotar outra posição....

Os senadores do PT e da base aliada ficam sabendo ali, pelo Jucá, que o Governo tinha feito um acordo: sem consultá-los!

Todos os senadores do PT – pela primeira vez em muitos anos! - votam contra!

Essa é a grande novidade.

A novidade é que o PT votou maciçamente contra o Governo do PT.

Isso terá consequências políticas.

Até o Lula falar!

Paulo Henrique Amorim